quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Osmose será utilizada para geração de energia limpa


As ondas, as marés, a luz do Sol e o vento são todos fenômenos facilmente observáveis e que estão na crista da onda quando o assunto são fontes alternativas de energia. Mas existe uma outra fonte nesta mesma categoria que pode ser aproveitada e que não pode ser percebida a olho nu - quando um rio despeja suas águas no oceano, há uma liberação gigantesca de energia, que tem todo o potencial para ser aproveitada para geração de eletricidade.

Energia da osmose

Para verificar a existência dessa energia - chamada de energia da osmose - basta colocar uma membrana capaz de reter íons de sal entre dois reservatórios, o primeiro contendo água doce e o segundo água do mar. Será imediatamente gerado um fluxo de água em direção à água salgada.
Se o compartimento que contém a água do mar estiver selado, a pressão no seu interior irá aumentar gradativamente até um máximo teórico de 26 bars, o equivalente a uma coluna de água de 270 metros de altura. Essa pressão pode ser então utilizada para a geração de eletricidade de forma ambientalmente correta.

Osmose retardada pela pressão

Na prática, o processo exige um controle rígido na pressão, em um processo chamado osmose retardada pela pressão. As pesquisas atuais indicam que é possível trabalhar-se com até metade da pressão teórica, que poderia então ser transformada em eletricidade.
Com base nessas pesquisas, que já consumiram 10 anos de trabalho, a empresa norueguesa Statkraft anunciou que irá começar a construir a primeira usina do mundo que irá gerar energia elétrica a partir da osmose. Segundo a empresa, quando a tecnologia estiver totalmente aprimorada, poderá ser utilizado um potencial de geração de eletricidade a partir da osmose que atinge 1.600 TWh em todo o mundo.

Usina piloto

"Nós levamos a tarefa de gerar energia limpa muito a sério, e a energia osmótica é uma tecnologia muito promissora na qual nós somos líderes mundiais. Ela é limpa, não emite poluentes e pode se tornar competitiva dentro de alguns poucos anos," afirmou o presidente da empresa, Bård Mikkelsen.
A usina piloto deverá gerar entre 2 e 4 kW de energia e deverá estar pronta até o final de 2008. Segundo Mikkelsen, esse protótipo funcionará como uma espécie de laboratório, no qual a empresa poderá aperfeiçoar a tecnologia e preparar-se para a construção de usinas comerciais movidas a osmose.

Postado por: Andréia

Retirado em:
http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=010115071016

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Ecotecnia Alstom assina acordo com Desenvix para Parque Eolico no Brasil

O grupo industrial francês Alstom com a sua participada Ecotecnia e a empresa brasileira de energias renováveis Desenvix, filial de Engevix, anunciaram a assinatura de um contrato de 100 milhões de euros (R$ 223,71 milhões) para construir um parque eólico na Bahia (nordeste), que vai gerar 90 MW.
O início dos trabalhos está previsto para Julho de 2011. Está é a primeira incursão da Alstom no
mercado eólico brasileiro.
Chamado de Brotas de Macaúbas e com três ramificações (Macaúbas, Novo Horizonte e Seabra), o complexo vai ter no total 57 aerogeradores.
O complexo de Brotas destaca o compromisso do governo para desenvolver o mercado nacional de energia eólica e reforça a posição da Alstom no sector das
energias renováveis.
Sob os termos e condições deste contrato, a Alstom fornecerá 57 aerogeradores ECO 86, de 1,67 MW cada, para os quais os principais componentes serão fabricados na Espanha e no Brasil e montados em três
parques eólicos, a fase de comissionamento do Parque Eólico com terá início em de 2011.

Fonte: http://www.portal-energia.com/ecotecnia-alstom-assina-acordo-com-desenvix-para-parque-eolico-no-brasil/
Postado por: Mariana

Cientistas querem usar lama para produzir energia

Pesquisadores do Rio Grande do Sul encontraram uma forma de gerar energia elétrica a partir da lama.

Cerca de três mil navios circulam por ano no porto do Rio Grande (RS). Para garantir esse movimento, embarcações cavam buracos debaixo da água e sugam a areia para aumentar a profundidade do canal. O trabalho tem que ser feito todos os anos. Ao todo, são retirados 1,5 milhão de metros cúbicos de material.
Todo o lodo é jogado fora. E os cientistas da Universidade Federal do Rio Grande querem acabar com o desperdício.
Segundo os pesquisadores, a lama contém altas concentrações de uma bactéria conhecida como micróbio elétrico. Essa bactéria se alimenta de restos de peixes, algas e vegetais que estão na lama. No final da refeição, produz energia elétrica que é liberada em forma de pequenas partículas chamadas de elétrons.
Os pesquisadores montaram uma pequena usina no laboratório. Placas de grafite captam a energia liberada pelas bactérias, que segue por fios até uma bateria. A energia liberada é suficiente para carregar um celular.
Os cientistas vão propor a construção de uma usina em tamanho industrial. A energia produzida no local será suficiente para abastecer uma cidade com 500 mil habitantes.
A maior vantagem é a economia, dizem os pesquisadores. O custo de uma usina desse tipo é menor do que o das hidrelétricas. E a matéria prima viria das obras de dragagem do porto.
Postado por: Mariana

Energia fóssil tem 10 vezes mais subsídios que renovável

Os subsídios governamentais às fontes de energias fósseis (petróleo, carvão mineral, gás natural) são dez vezes superiores aos incentivos à energia de fontes renováveis. Essa é a conclusão de um estudo realizado pela consultoria Bloomberg New Energy Finance, especializada em energias limpas e mercado de carbono.
Em 2009, os governos investiram um valor entre US$ 43 bilhões e US$ 46 bilhões em projetos de energias renováveis (eólica, solar, biomassa) e de biocombustíveis. No entanto, estimativas da Agência Internacional de Energia apontam que US$ 557 bilhões foram gastos pelos governos para dar incentivos às fontes de energia mais poluentes, como petróleo e carvão.

Texto de Andrea Vialli
Postado por: Mariana

BNDES amplia prazo para projetos de energia alternativa

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou hoje mudança em suas condições de financiamento a projetos de energia alternativa. De acordo com o informe da instituição, foi ampliado de 14 anos para 16 anos o prazo máximo de amortização de financiamentos para projetos de energia eólica, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Na avaliação do banco, com a mudança, as condições de financiamento desses empreendimentos se equiparam às oferecidas a usinas hidrelétricas entre 30 megawatts (MW) e 1.000 MW.
Outro ponto destacado pelo banco, em seu comunicado, é que a medida poderá produzir efeitos diretos sobre os preços a serem ofertados nos leilões de fontes alternativas de energia (eólica, biomassa e PCH - abaixo de 30 MW) que ocorrerão nos próximos dias 25 e 26 de agosto. O BNDES lembrou que o financiamento é contabilizado como se fosse um item de custo de implantação de uma usina. Para o banco, melhores condições de financiamento podem significar menor tarifa final, o que poderia beneficiar o consumidor.
O banco explicou ainda que o alongamento do prazo está em linha com um dos pilares da política energética, de diversificar a matriz elevando gradualmente a inserção das fontes alternativas - que têm menor impacto ambiental e mais rápido prazo de implantação - no Sistema Integrado Nacional (SIN).

Fonte:http://www.parana-online.com.br/editoria/economia/news/467466/?noticia=BNDES+AMPLIA+PRAZO+PARA+PROJETOS+DE+ENERGIA+ALTERNATIVA

Postado por: Mariana

domingo, 8 de agosto de 2010

Cientistas descobrem como a eletricidade move-se através das células


Eletricidade biológica


Cientistas da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, obtiveram a primeira imagem molecular de um sistema biológico que movimenta os elétrons entre as proteínas nas células.
A conquista é bem mais do que um avanço para a biologia, podendo fornecer informações que poderão ser úteis para minimizar a perda de energia em sistemas elétricos artificiais que vão dos dispositivos em nanoescala, como os transistores eletrônicos, até a transmissão de eletricidade pelas redes nacionais de distribuição de energia.
"A evolução tem ajustado a transmissão de eletricidade nos organismos por muito mais tempo do que os humanos a utilizam," afirma Carrie Wilmot, que coordenou a pesquisa.
"Nós podemos aprender um bocado com a natureza sobre como usar a eletricidade de forma mais eficiente. Esta nova visão de como o corpo usa a energia elétrica poderá permitir que a nanotecnologia reduza ainda mais os circuitos eletrônicos, bem como aumentar a eficiência das redes que fornecem energia para as residências e as empresas," prevê Wilmot.


Bioeletricidade


Embora não dependamos de uma tomada ou de baterias para funcionar, a energia gerada pelo movimento intracelular dos elétrons é a fonte de energia fundamental que permite que os seres humanos existam.
Conforme os elétrons se movem no interior das células, a energia é canalizada para criar moléculas complexas, como proteínas e DNA. A chamada bioeletricidade está na base dos elementos fundamentais que permitem que os organismos cresçam, sobrevivam e armazenem energia.
As imagens feitas pela equipe de Wilmot, obtidas por meio de cristalografia de raios X, garantirão um avanço significativo nos esforços para entender melhor todos esses processos vitais.
"Visualizar a estrutura cristalina do complexo sistema celular de transferência de elétrons é como estar atrás do palco em um show de mágica," comentou Vernon Anderson, do Instituto Nacional de Ciências Médicas dos Estados Unidos. "Nós sempre sabemos que há um truque, mas agora o grupo de Wilmot conseguiu uma visão única de como esta extraordinária façanha química é realizada."



Manipulação de elétrons


A pesquisa apresenta resultados que se enquadram bem na classificação clássica de ciência básica. Contudo, a manipulação de elétrons em sistemas artificiais ocorre em dimensões cada vez menores conforme os circuitos ganham em miniaturização, o que a torna diretamente afeta também à tecnologia.
Os resultados são extremamente interessantes para inúmeras aplicações práticas e com possibilidades de uso imediato nas diversas tecnologias que se unem para formar não apenas o campo altamente interdisciplinar da nanotecnologia, mas mais especificamente, a microeletrônica, a fotônica, a plasmônica e outras.

retirado de: http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=como-eletricidade-move-se-atraves-celulas&id=010815100315
postado por: Fernanda

sábado, 7 de agosto de 2010

Descoberto novo processo de conversão da energia solar

Pesquisadores da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, descobriram como usar simultaneamente a luz e o calor do Sol para gerar eletricidade.
A técnica tem o potencial para produzir energia solar com o dobro da eficiência dos métodos existentes, tornando-a barata o suficiente para competir com as termelétricas que queimam derivados de petróleo.


Emissão termiônica

Batizado de "emissão termiônica de fótons otimizada", ou PETE (Photon Enhanced Thermionic Emission), o processo promete superar a eficiência tanto das atuais tecnologias de conversão fotovoltaica - os conhecidos painéis solares - quando das usinas termossolares - que usam o calor do Sol para aquecer líquidos que giram turbinas para gerar a eletricidade.
Ao contrário das células solares atualmente usadas nos painéis solares - que perdem eficiência quando a temperatura aumenta - o novo dispositivo se destaca justamente pelo bom funcionamento em altas temperaturas, o que permite seu funcionamento simultâneo no processo termossolar.
"Este é realmente um avanço conceitual, um novo processo de conversão de energia, não apenas um novo material ou uma variação levemente diferente," disse Nick Melosh, que liderou o grupo de pesquisa. "É realmente algo fundamentalmente diferente de como você pode coletar energia."
A célula solar PETE junta em um único componente o mecanismo quântico das células solares - os fótons excitam os elétrons - com o mecanismo termal - que usa a luz do Sol concentrada como fonte de energia termal para produzir eletricidade indiretamente por meio de um motor de calor.
O componente é baseado na emissão termiônica de elétrons fotoexcitados em um catodo semicondutor funcionando em alta temperatura.
Recentemente, cientistas do MIT também anunciaram a descoberta de uma
nova forma de produzir eletricidade, usando nanotubos de carbono.

Conversão térmica com conversão fotovoltaica

A maioria das células solares usa o silício para converter a energia dos fótons da luz do Sol em eletricidade - o inconveniente é que essas células coletam apenas uma parte do espectro da luz, com o restante gerando apenas calor.
Se esta energia desperdiçada na forma de calor pudesse ser capturada, as células solares poderiam ser muito mais eficientes. O problema é que são necessárias altas temperaturas para fazer funcionar os sistemas baseados na conversão de energia térmica, e a eficiência da célula solar diminui rapidamente em altas temperaturas.
O que os pesquisadores fizeram agora foi encontrar uma maneira de casar a tecnologia da conversão térmica com as células solares.
O grupo de Melosh descobriu que revestir um material semicondutor com uma fina camada do metal de césio torna o material capaz de usar tanto a luz e quanto o calor para gerar eletricidade.
"O que nós demonstramos é um novo processo físico que não é baseado nos mecanismos fotovoltaicos conhecidos, mas que é capaz de dar uma resposta fotovoltaica sob temperaturas muito altas," disse Melosh. "Na verdade, ele funciona melhor em temperaturas mais elevadas. Quanto mais alta a temperatura, melhor."


Coletor fototermossolar

Enquanto a maioria das células solares de silício deixa de funcionar quando a temperatura atinge 100 graus Celsius, o dispositivo PETE não atingiu sua eficiência máxima até que a temperatura estivesse bem acima de 200 ºC.
Isto significa que um coletor PETE deverá funcionar melhor em
coletores solares parabólicos, que podem chegar aos 800 ºC.
Melosh calcula que o processo PETE pode chegar a 50 por cento de eficiência ou mais usando concentradores solares. Se combinado com um ciclo de conversão térmica, pode chegar a 55 ou mesmo 60 por cento - quase triplicando a eficiência dos sistemas atuais.
Os pesquisadores usaram o semicondutor nitreto de gálio no seu protótipo. A eficiência ficou abaixo do previsto teoricamente, mas eles escolheram o nitreto de gálio porque era o único material disponível que tinha mostrado sinais de ser capaz de resistir às temperaturas elevadas nas quais eles estavam interessados.
Com o material adequado - provavelmente o arseneto de gálio - a eficiência real do processo pode chegar até a 50 ou 60 por cento. O próximo passo é testar esse e outros materiais candidatos para seu novo coletor fototermossolar.


retirado de : http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=novo-processo-conversao-luz-solar-eletricidade&id=010115100805

postado por: Fernanda

Quando as ideias são levadas ao extremo

Criar um cinturão ao redor da Terra com placas de energia fotovoltaica. Parece uma boa ideia?


O Japão planeja executar essa ideia para gerar toda a eletricidade que precisamos na Terra. Para isso, seria construído um cinturão com largura de 11 mil quilômetros de placas fotovoltaicas ao redor do equador.
A eletricidade gerada por essas células seria transportada em microondas ou laser em forma de radiação para a Terra. Para isso teríamos que instalar uma antena de 20 quilômetros de diâmetro para fazer a captação. Por outro tipo de antena, a radiação será convertida de novo em eletricidade em estações de energia.
Com o tempo, o cinturão poderia ter uma largura de até 400 quilômetros e seria suficiente para gerar energia limpa para toda a humanidade.Ele seria construído por robôs montados no espaço e levados para a superfície lunar por uma equipe humana de suporte. O cinturão seria construído com o máximo de materiais que possam ser retirados do próprio solo lunar.
A Teoria é perfeita e resolveria uma série de problemas que andamos enfrentando por aqui. Mas será que isso é possível? Quais os tipos de problemas que isso geraria?

retirado de: http://www.energiaeficiente.com.br/category/eficiencia-energetica/

postado por: Fernanda

Pesquisadores estadunidenses inventam uma bateria que poderia alimentar uma casa

Cientistas estadunidenses criaram um protótipo à pequena escala de uma bateria que poderia armazenar a energia suficiente para alimentar uma casa durante todo o dia. O protótipo, imagem abaixo, é um pequeno disco que poderia tornar mais eficiente ainda a utilização das energias renováveis de um lar.



Imaginem sua casa com painéis solares e alguma pequena turbina eólica caseira, e sem a necessidade de ter uma sala especial para alojar às pesadas baterias que alimentarão a casa se há pouco vento, ou está nublado, ou a noite.Pesquisadores da Ceramatec, em Utah, Estados Unidos, desenvolveram uma nova bateria que pode armazenar energia elétrica suficiente para o consumo diário de um lar mediano.Esta nova bateria trabalha a base de sódio-sulfeto, composto que costuma operar a temperaturas muito altas. Mas os pesquisadores conseguiram que opere a uma temperatura muito menor, e assim deixa de ser só um composto utilizável a nível industrial, e passa a ser residencial.A bateria desenvolvida pelos pesquisadores da Ceramatec se vale de uma membrana de cerâmica que é localizada entre o sodio e o sulfeto. Deste modo só permite a passagem de íons positivos de sódio, deixando os eletrons que criam uma corrente elétrica útil.Por enquanto estão trabalhando com protótipos, mas esperam que deverá já ser comercializado no ano de 2011 com preço estimado de 2 mil dólares, barato se calcularmos o custo da nossa conta de energia elétrica.

retirado de: http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=7232
postado por: Fernanda

Empresa cria uma turbina eólica sem pás baseada em um invento de Tesla

Solar Aero, uma empresa de pesquisa com sede em New Hampshihre, Estados Unidos, apresentou sua nova turbina eólica sem pás baseada em uma patente apresentada por Nikola Tesla em 1913. O mecanismo baseia-se na circulação de um fluído viscoso para mover a turbina e gerar a energia.



A única parte móvel da turbina encontra-se em seu interior, de maneira que quem olha não vê movimento algum salvo a rotação do aparelho enquanto se ajusta para enfrentar o vento. A companhia afirma que ademais, o custo da eletricidade produzida por este aparelho é atraente. Segundo a Solar Aero, ao longo de sua vida esta turbina poderia gerar eletricidade a um preço médio de 12 centavos de dólar por kilowatt hora. Um preço comparável ao da eletricidade produzida por uma central térmica de combustão de carvão. E se não estiverem mentindo, esta turbina requereria ademais custos bem menores de manutenção. Pois se já não fosse o bastante, a turbina conta com mecanismos de proteção externos para proteger à fauna selvagem, especialmente às aves.

retirado de: http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=11939
postado por: Fernanda

ONG avaliará impacto do vazamento na fauna do Golfo do México


A organização ambientalista internacional Oceana realizará neste domingo a primeira expedição privada ao Golfo do México, dirigida pelo oceanógrafo espanhol Xavier Pastor, para avaliar o impacto que o vazamento de petróleo da British Petroleum (BP) teve sobre a flora e a fauna marinhas.
"O objetivo desta expedição é documentar os efeitos no longo prazo que esse vazamento terá na fauna e nas águas aparentemente limpas do Golfo do México", disse neste sábado à agência EFE o cientista espanhol e vice-presidente para a Europa da Oceana.
Desde que em 20 de abril uma explosão destruiu a plataforma petrolífera "Deepwater Horizon" da companhia britânica BP, localizada a 100 quilômetros ao sudeste do litoral do delta do rio Mississipi, na Louisiana (EUA), mais de 4,9 milhões de barris de petróleo foram derramados no oceano.
Após várias tentativas fracassadas, a BP conseguiu nesta semana fechar o poço e a partir de agora começará a limpeza do maior desastre ecológico da história dos EUA.
Pastor, que trabalhou mais de uma década para o Instituto Espanhol de Oceanografia e outros 15 anos para o Greenpeace, vai coordenar a expedição que sairá no domingo de Fort Lauderdale (Flórida) e que se estenderá até 5 de outubro.
A contaminação dessas águas, ainda em áreas que aparentemente estão limpas de petróleo, pode afetar os corais e diversas espécies animais, como tartarugas, tubarões e atum vermelho, espécie esta que somente são criadas nessa região e no Mediterrâneo.
"É possível dizer que é o maior vazamento da história da humanidade", disse o biólogo marinho, quem ressaltou que a expedição vai tentar determinar "para onde foram as toneladas de petróleo derramadas no mar".
O governo dos Estados Unidos informou nesta semana que quase três quartos do petróleo que vazou para o mar desde abril foi recolhido de alguma forma ou se descompôs naturalmente.
A bordo do "Oceana Latitude" estará uma equipe com 12 cientistas internacionais que liderados por Pastor e Mike Hirshfield, e inclui também o médico Jeff Short, um dos analistas que analisaram o vazamento de petróleo do "Exxon Valdez" no litoral do Alasca, farão testes na água, fotografarão e filmarão o fundo marinho para elaborar um documento que recolha o impacto desse desastre.
"Existe uma equipe de mergulhadores que descerá até 40 m para buscar amostras e fazer fotografias. Dispomos também de dois robôs submarinos, um que pode descer a 400 metros e outro a 800, e fazer testes e filmar o fundo marinho com câmeras de alta definição, com as quais será possível saber qual é o estado da região", explicou Pastor.
"Oceana quer que as pessoas entendam o impacto do que não pode ser visto, do petróleo que está nas profundezas e danifica a vida marinha e os habitats no Golfo, e que ficará lá durante muitos anos", acrescentou Hirshfield em comunicado da organização.
A equipe vai colocar um sistema de membranas que, como boias oceanográficas, poderá detectar plantas de hidrocarboneto nas águas por menores que sejam.
O executivo-chefe da Oceana, Andy Sharpless, emitiu um comunicado no qual explica como será o trabalho da embarcação "Latitude". Eles vão estudar o fundo do mar e apurar se a migração foi afetada pelo acidente, incluindo várias espécies raras de tubarões brancos e de tartarugas.
"Vamos marcar alguns animais como tubarões e tartarugas para acompanhar como será a migração dessas espécies após o vazamento", explicou a EFE Pastor.
Com os dados recolhidos, a Oceana - que tem sua sede nos EUA e foi fundada em 2001 - colaborará com várias universidades.
A organização quer conquistar a colaboração de personalidades de diversos âmbitos comprometidas com o meio ambiente, como a estilista e modelo espanhola Almudena Fernández e o cantor Miguel Bose, além de divulgar o resultado de seus estudos científicos.
Almudena, que vive em Nova York e é porta-voz na Espanha da campanha em favor do meio ambiente e do ex-vice-presidente americano Al Gore, expressou à Efe seu interesse pela expedição, com a qual ficará embarcada durante alguns dias.
"As verdadeiras vítimas deste desastre são a flora e a fauna do Golfo do México. As pessoas, que é muito triste, podem receber uma compensação econômica, mas os animais estão indefesos, simplesmente morrem", acrescentou.
EFE - Agência EFE
Postado por: Mariana

Brasil anuncia início da produção de petróleo nas profundezas do pré-sal

O comissário para Energia da União Europeia, Günther Oettinger, recomendou ontem que a Europa adote, a exemplo dos Estados Unidos, moratória de exploração de petróleo em alto mar até que a causa do acidente com a plataforma Deepwater Horizon seja inteiramente esclarecida. Na contramão dos esforços mundiais, o Brasil anuncia hoje o início oficial da produção de petróleo da camada do pré-sal. O poço de estréia será o do Campo de Baleia Franca, na Bacia de Campos, litoral do Espírito Santo e promete produzir 13 mil barris de petróleo leve por dia. Mais um poço do pré-sal será perfurado no Baleia Franca ainda no segundo semestre deste ano e, até o final do ano, os dois poços deverão produzir diariamente 40 mil barris de óleo por dia.Enquanto isso, nos Estados Unidos, o presidente Obama estendeu até novembro a suspensão de abertura de novos poços em alto mar, uma resposta ao fracasso contínuo das medidas de contenção adotadas até agora pela empresa BP. Incertezas rondam os últimos testes programados para esta semana no Golfo do México. O uso de um novo tipo de ‘rolha’, equipamento que prometia ser capaz de conter boa parte do óleo que vaza do buraco no fundo do Golfo do México, foi adiado pela segunda vez, por falta de segurança. Cientistas temem que a medida não só seja infrutífera, como possa danificar ainda mais o buraco. “Quanto mais extrema a operação, maior a probabilidade de acidentes e dificuldades técnicas”, diz Ricardo Baitelo, da Campanha de Energia do Greenpeace. É o caso do pré-sal, considerado um dos dez pontos de exploração em alto mar mais perigosos do mundo pela Aliança Global para Combustíveis Renováveis. “O acidente no Golfo do México mostrou que os métodos e tecnologias disponíveis hoje não são suficientes para conter acidentes”, complementa Baitelo.Além do risco de desastres ambientais, os poços do pré-sal poderão emitir enorme quantidade de gás carbônico, tanto pela queima do óleo, quanto pelo CO2 contido nos poços. O cálculo é que a emissão anual proveniente da exploração e uso do petróleo do pré-sal seria de 350 milhões a 1,4 bilhões de toneladas de CO2, valor que manteria o Brasil entre os quatro maiores emissores de CO2 do mundo, atrás de China, Estados Unidos e Indonésia.Os mais de 660 milhões de litros de óleo que já vazaram do buraco da BP desde 20 de abril, dia do acidente com a plataforma, vêm alterando a composição química e física da região do Golfo e da costa da Lousianna. “Microorganismos são os primeiros a serem afetados”, explica Mikael Freitas, da Campanha de Oceanos. Pirossomos, que servem de alimento para tartarugas e fitoplânctons, base da cadeia alimentar marinha, começaram a aparecer mortos em toda a região. Morrem também as algas, que deixam de receber a luz do sol pelo bloqueio da mancha negra no mar e proliferam bactérias que consomem compostos de óleo, mudando ainda mais a composição química do mar. “Os impactos deste vazamento serão vistos e sentidos por muitos anos. Em um momento em que atingimos taxas de extinção mundial mil vezes maior que as naturais, somos obrigados a acompanhar à distância o descaso com a biodiversidade deste que tem tudo pra ser o novo Mar Negro ou, quem sabe ainda, Mar Morto”, diz Mikael.

Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Cada-vez-mais-fundo/
Postado por: Mariana

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Combustíveis Renováveis


Combustíveis gasosos

• biohidrogénio: hidrogénio produzido a partir de biomassa e/ou da fração biodegradável de resíduos, para utilização como biocombustível;
• biogás: gás combustível produzido a partir de biomassa e/ou da fração biodegradável de resíduos, que pode ser purificado até à qualidade do gás natural, para utilização como biocombustível ou gás de madeira;
• Gás de síntese ou gasogênio: - gases obtidos ("fabricados") através dos processos de gaseificação e/ou pirólise.

Combustíveis liqüidos

• bioetanol: etanol produzido a partir de biomassa e/ou da fração biodegradável de resíduos para utilização como biocombustível;
• biodiesel: éster metílico e/ou etílico, produzido a partir de óleos vegetais ou animais, com qualidade de combustível para motores diesel, para utilização como biocombustível;
• biometanol: metanol produzido a partir de biomassa para utilização como biocombustível;
• bioéter dimetílico: éter dimetílico produzido a partir de biomassa para utilização como biocombustível;
• bio-ETBE (bioéter etil-terc-butílico): ETBE produzido a partir do bioetanol, sendo a porcentagem em volume de bio-ETBE considerada como biocombustível igual a 47%;
• bio-MTBE (bioéter metil-terc-butílico): combustível produzido com base no biometanol, sendo a porcentagem em volume de bio-MTBE considerada como biocombustível de 36%;
• biocombustíveis sintéticos: hidrocarbonetos sintéticos ou misturas de hidrocarbonetos sintéticos produzidos a partir de biomassa;
• óleo vegetal puro produzido a partir de plantas oleaginosas: óleo produzido por pressão, extração ou processos comparáveis, a partir de plantas oleaginosas, em bruto ou refinado, mas quimicamente inalterado, quando a sua utilização for compatível com o tipo de motores e os respectivos requisitos relativos a emissões.
• óleo vegetal usado produz-se biodiesel com o óleo vegetal usado em cozinhas através de um processo chamado transesterificação.

Retirado em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fontes_alternativas_de_combust%C3%ADveis

Postado por: Andréia

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Combustível fóssil

Combustível fóssil ou mais corretamente combustível mineral é uma substância formada de compostos de carbono, usados para alimentar a combustão. Reconhecidamente, são usados como combustível, o carvão mineral, o petróleo e o gás natural.

Origem dos combustiveis fosseis

A teoria biogênica do petróleo sugere que as substâncias oleaginosas extraídas da crosta terrestre como o petróleo teriam origem comum ao carvão mineral, já que o mesmo também é encontrado soterrado, tendo sido gerados em função do efeito de fossilização de animais e plantas, provocado pela ação de pressão e temperatura muito altas geradas há milhões de anos no processo de soterramento de material orgânico que por algum motivo não entrou na cadeia alimentar antes ou quando foi enterrado.
A teoria abiogênica (origem inorgânica do petróleo), por outro lado, defende que os hidrocarbonetos foram formados juntos com a Terra, no processo de acreção planetária.

Os combustíveis fósseis são recursos naturais não renováveis

Os combustíveis fósseis são formados pela decomposição de matéria orgânica através de um processo que leva milhares e milhares de anos e, por este motivo, não são renováveis ao longo da escala de tempo humana, ainda que ao longo de uma escala de tempo geológica esses combustíveis continuem a ser formados pela natureza. O carvão mineral, os derivados do petróleo (tais como a gasolina, óleo diesel, óleo combustível, o GLP - ou gás de cozinha -, entre outros) e ainda, o gás natural, são os combustíveis fósseis mais utilizados e mais conhecidos.
O carvão mineral pôs em movimento, durante décadas, veículos como as locomotivas, chamadas no Brasil de Marias-fumaça e navios à vapor. Atualmente, o carvão mineral garante o funcionamento de usinas termoelétricas.
Um grande problema desses combustíveis é o facto de serem finitos, o que faz com que a dependência energética a partir deles seja um problema quando esses recursos acabarem, embora de acordo com as teorias abiogênicas os combustíveis minerais são muito abundantes. Por isso o interesse em energias renováveis é crescente. Outro problema é que com a queima de combustíveis minerais são produzidos gases que produzem o efeito estufa como o gás carbônico e metais pesados, como por exemplo o mercúrio.

Importância econômica dos combustíveis fósseis

O preço dos combustíveis fósseis sobe em proporcionalidade inversa à sua quantidade disponível para venda, ou seja, quanto mais escasseiam, mais elevado é o seu preço.
A economia mundial está tão dependente deles que o simples aumento do preço do barril de petróleo (que é o mais explorado para fins energéticos) influencia fortemente as bolsas de valores.
O aumento do controle e do uso, por parte do Homem, da energia contida nesses combustíveis fósseis foi determinante para as transformações econômicas, sociais, tecnológicas - e infelizmente ambientais - que vêm ocorrendo desde a Revolução Industrial.
Pelo aumento do preço dos combustíveis fósseis e da poluição ambiental, a Europa está a procurar soluções energéticas alternativas (como os biocombustíveis, a electricidade e o hidrogénio). Até 2020 a União Europeia prevê aumentar para 10% a percentagem de energias renováveis utilizadas nos transportes rodoviários.

Consequências ambientais do uso dos combustíveis fósseis

Dentre as conseqüências ambientais do processo de industrialização e do inerente e progressivo consumo de combustíveis fósseis - leia-se energia -, destaca-se o aumento da contaminação do ar por gases e material particulado, provenientes justamente da queima destes combustíveis, gerando uma série de impactos locais sobre a saúde humana. Outros gases causam impactos em regiões diferentes dos pontos a partir dos quais são emitidos, como é o caso da chuva ácida.
A mudança global do clima é um outro problema ambiental, porém bastante mais complexo e que traz consequências possivelmente catastróficas. Este problema vem sendo causado pela intensificação do efeito estufa que, por sua vez, está relacionada ao aumento da concentração, na atmosfera da Terra, de gases que possuem caractericas específicas. Estes gases permitem a entrada da luz solar, mas impedem que parte do calor no qual a luz se transforma volte para o espaço. Este processo de aprisionamento do calor é análogo ao que ocorre em uma estufa - daí o nome atribuído a esse fenômeno e também aos gases que possuem essa propriedade de aprisionamento parcial de calor, chamados de gases do efeito estufa (GEE), dentre os quais destaca-se o dióxido de carbono (CO2).
É importante notar que o dióxido de carbono, bem como os outros GEE em geral (vapor d'água, por exemplo), não causam, em absoluto, nenhum dano à saúde e não "sujam" o meio ambiente. Seria incorreto classificar estes gases como poluentes -, já que os mesmos não possuem as duas características básicas de um poluente segundo a definição tradicional do termo (ideia de dano à saúde e/ou sujeira). Todavia, novas definições de poluição, mais técnicas e abrangentes, fizeram-se necessárias e surgiram ao longo da última década, fazendo com que os gases de efeito estufa fossem classificados como poluentes.


Retirado em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Combust%C3%ADvel_f%C3%B3ssil

Postado por: Andréia

Potenciais de uso racional de energia no Brasil


Os estudos preliminares sobre o potencial resultante do incremento da eficiência energética no Brasil, efetuados no âmbito do Plano Nacional de Energia, que projeta cenários energéticos para o ano 2030, indicam valores expressivos, como mostram as figuras 3 e 4 a seguir (MME, 2006b). Para a energia elétrica, os valores apresentados se baseiam em estimativas da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco) e Eletrobrás (Projeto Reluz) e indicam um potencial total de 29,7 TWh (terawatts-hora), cerca de 8,3% do consumo observado em 2005. Considerando um valor de R$ 130,00 por MWh, a implementação dessas medidas de eficiência nos sistemas elétricos poderia economizar R$ 3,86 bilhões anuais. Para setores utilizando derivados de petróleo e gás natural, o incremento da racionalidade energética alcançaria 5,5 milhões de TEP (toneladas equivalentes de petróleo), ou seja, 6,7% do consumo nacional de petróleo. Assumindo um preço médio para esses combustíveis de US$ 65,00 o barril e uma taxa de câmbio de 2,00 reais por dólar, a eliminação desse desperdício permitiria uma economia anual de 5,2 bilhões de reais.



Tais potenciais são estimativas preliminares, e espera-se que à medida que se promova seu desenvolvimento os valores sejam conhecidos de maneira mais consistente, bem como possam ser discriminados outros potenciais. Nesse sentido, a avaliação quantitativa e, quando possível, auditável dos resultados dos programas e das ações de eficiência energética é da maior relevância e tem despertado grande interesse. A principal dificuldade reside em estimar bem o consumo energético que deixa de ocorrer e a potência economizada, devendo se mencionar os esforços em curso para consolidar uma metodologia internacional de monitoramento e avaliação dos resultados dos programas de eficiência energética, por meio do Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Performance (PIMVP). Uma detalhada e abrangente revisão dessas metodologias foi proposta pelo Programa de Avaliação das Medidas para a Eficiência Energética e Gerência da Demanda, desenvolvido pela Agência Internacional de Energia e com estudos de casos na Bélgica, no Canadá, na Coréia do Sul, na Dinamarca, na França, na Holanda, na Itália e na Suécia. Como regra geral, esse manual recomenda a comparação das curvas de carga antes e após a adoção das medidas de fomento da eficiência, cotejando assim as curvas de base (baselines) com as curvas de carga modificadas (IEA/DSM, 2006), como apresentado anteriormente para a avaliação do impacto do Selo Procel sobre o consumo de refrigeradores e congeladores.
Além da evolução tecnológica como fonte de alternativas para a redução dos desperdícios de energia, reitere-se a relevância de difundir hábitos e usos mais responsáveis. Medidas simples de conscientização podem levar a economias substantivas de combustíveis e energia elétrica, apenas pela redução das perdas e sem afetar os serviços providos pela energia.


Retirado em:
http://www.abee.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=5&Itemid=2

Postado por: Andréia

Exploração de urânio no Níger, na África, expõe população a níveis inaceitáveis de radiação

A República do Níger, na África Saheliana, tem um dos menores índices de desenvolvimento humano do mundo. Seu território é praticamente todo formado por deserto e o país vive há anos num ciclo de pobreza extrema, violência e instabilidade política. Sua maior riqueza são suas jazidas de urânio. Mas agora, graças a uma investigação do Greenpeace, sabe-se que elas estão também virando uma grande maldição. O recém-lançado estudo Abandonados ao Pó – Legado Nuclear nos Desertos de Níger, revela, além da devastação provocada por anos de devastação da exploração, que há contaminação de humanos por radiação muito além dos níveis mundialmente aceitáveis. O estudo é fruto de uma parceria do Greenpeace com o laboratório francês independente CRIIRAD e a ONG nigerina ROTAB. Desde o fim de 2009, pesquisadores medem níveis de radiação na água, ar e no solo nas cidades próximas às minas de urânio do país. Os dados reunidos em relatório mostram que a população de Níger respira, bebe e consome radiação muito acima do recomendado.
Em 1971, presença do urânio em Níger chamou a atenção da AREVA, multinacional de origem francesa entre as maiores do mundo em produção de energia nuclear. Na época, a extração foi anunciada como um esforço de resgate de um país em miséria extrema. A verdade é que o começo desta história coincide com a insatisfação generalizada contra a extração de urânio e outras atividades devastadoras ligadas à geração de energia nuclear em solo europeu. Na África, a mineração podia ser realizada sem burocracias e a baixíssimo custo. Para o solo, o ar, a água e a população de Níger, os custos, no entanto, foram altíssimos.Nas cidades de Arlit e Akokan, construídas em função das duas grandes minas da AREVA, o cenário é devastador. Imensas nuvens de poeira causadas pelo detonar das minas chegam a tampar a visão. Testes realizados nesta região concluíram que quatro em cada cinco amostras de água apresentaram níveis de contaminação acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O mesmo valeu para os testes sobre a qualidade do ar. Uma hora de exposição à radiação do local, diz o estudo, extrapola a dose de contato recomendável para um ano inteiro. O resultado são índices de doenças pulmonares duas vezes maiores do que no resto do país, além de maior incidência de defeitos congênitos e casos de câncer, principalmente leucemia. “O urânio tem tendência a se acumular nos ossos, justamente onde fica a medula. É lá que se desenvolve a leucemia. É muito difícil para o corpo eliminar este tipo de metal”, explica André Amaral, coordenador da Campanha de Energia Nuclear do Greenpeace. No Brasil, caso semelhante também foi alvo de denúncia, primeiro do Greenpeace, depois do próprio Ministério Público. Após oito meses de investigação, foi encontrado urânio acima dos limites estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e a OMS na água de dois poços da cidade de Caetité, interior da Bahia. Os poços estão dentro da área de influência da estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), que faz a mineração e beneficiamento do urânio na região. “As minas de urânio pelo mundo contabilizam problemas”, diz André Amaral. “A extração é perigosa, expõe a população a níveis inaceitáveis de radiação e é resultado de empresas e agências reguladoras que agem de forma irresponsável e leviana”, conclui. Em Níger, a AREVA se declara amiga do meio ambiente, apesar dos chocantes níveis de contaminação comprovados. O Greenpeace cobra um estudo independente conduzido pela empresa e que, após comprovado o problema, empreenda-se um trabalho de limpeza e descontaminação do que ainda puder ser salvo.

Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Um-rastro-de-contaminacao-/
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quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Raio antilaser captura a luz para produzir escuridão


Raio das trevas
Há poucas semanas, cientistas anunciaram a criação de um tipo especial de
raio laser capaz de disparar pulsos escuros - uma espécie de "disparos de escuridão."
Se já não fosse estranho o suficiente, agora uma outra equipe está propondo a criação de um "anti-laser", um raio laser que, ao invés de amplificar a luz, irá absorvê-la completamente.
O resultado é uma espécie de "raio das trevas", já que tudo o que ele produz é a mais absoluta escuridão, consumindo a luz que o atinge.
Anti-laser
A luz laser é produzida quando um feixe de luz reflete-se várias vezes no interior de um material capaz de amplificá-la, saindo do outro lado na forma de uma verdadeira cascata de fótons.
Ocorreu então ao Dr. Douglas Stone e seus colegas da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, que poderia ser possível reverter esse processo. Para isso, teoricamente, seria necessário tão-somente trocar o material amplificador por um material absorvedor de luz.
A maioria dos lasers emite seu feixe num único sentido, mas é possível construir lasers que emitam dois feixes idênticos em sentidos opostos. Para isso é preciso usar camadas idênticas, parcialmente transparentes, nas duas extremidades de uma fatia de um material emissor de luz, como o arseneto de gálio.
Os pesquisadores calcularam que, se um material absorvedor de luz, como o silício, fosse usada no lugar da fatia de arseneto de gálio, então, em certos comprimentos de onda, dois feixes de laser idênticos disparados diretamente um em direção ao outro seriam completamente anulados no interior do material.
Uma fatia fina de silício normalmente absorve cerca de 20 por cento da luz que incide sobre ele, mas os cientistas calculam que ele absorve praticamente toda a luz na faixa do infravermelho próximo, com um comprimento de onda de 945 nanômetros.
Além da escuridão
Ao contrário do laser de pulsos escuros, o anti-laser por enquanto está apenas na teoria, mas o Dr. Stone garantiu, em entrevista à revista New Scientist, que "os experimentos em andamento são extremamente promissores, e eu tenho total confiança de que ele pode ser construído."
A energia dos feixes de laser incidentes será convertida em calor, segundo os cálculos dos pesquisadores.
Mas, se ele puder ser de alguma forma transformado em corrente, o efeito poderá permitir que os pulsos de luz dos cabos de fibra óptica sejam convertidos em sinais elétricos com alta eficiência, potencialmente eliminando o aparato de conversão optoeletrônico.
Postado por: Mariana

Brasileiro cria catalisador reaproveitável para produzir biodiesel


Catalisador ácido
Pesquisa realizada no Instituto de Química de São Carlos (IQSC), da USP, testou com êxito a utilização de um novo tipo de catalisador para a produção de biodiesel, baseado em compostos ácidos.
O catalisador testado pelo químico Guilherme Tremiliosi pode ser recuperado e reaproveitado em novos processos de produção de biodiesel.
A substância também pode ser adicionada a um maior número de matérias-primas do que o catalisador básico, sem a necessidade de serem tratadas antes da reação.
Material híbrido
O catalisador utilizado é o ácido fosfo-túngstico, sob um suporte de ormosil (abreviação de organically modified silicates, silicatos organicamente modificados), um material híbrido, orgânico e inorgânico.
"Ele foi testado em óleo de soja com alto índice de acidez, que apresenta grandes dificuldades para seu emprego na produção de biodiesel", ressalta o químico. "O objetivo era obter um rendimento satisfatório na reação entre óleo, etanol e catalisador, que gera o combustível."
Atualmente, a produção de biodiesel no Brasil utiliza catalisadores básicos e homogêneos, que não podem ser reaproveitados. "O catalisador ácido permite maior versatilidade no uso de matérias-primas, sem necessidade de tratamento prévio, como sobras de óleo de cozinha ou óleos de plantas oleaginosas não comestíveis, como o crambe", conta o químico.
No experimento, o rendimento obtido chegou a 60% (ou seja, 60% do óleo utilizado se transformou em biodiesel), ainda abaixo do nível mínimo considerado ideal pelas indústrias, que é de 95%. "Além da reação ter sido realizada em laboratório, não houve ajustes nos parâmetros do processo reacional", observa o químico.
Recuperação do catalisador
Segundo Tremiliosi, o catalisador ácido tem potencial para chegar a 99% de rendimento. "Para chegar a esse nível, serão necessárias novas pesquisas para aprimorar a interação entre o ácido e o ormosil", avalia. "Ao mesmo tempo, é preciso otimizar os procedimentos envolvidos na reação."
Ele explica que devido ao fato de o catalisador ácido ser heterogêneo, ele pode ser regenerado. "Por filtração, ele é separado do biodiesel e reaproveitado em novos processos reacionais", descreve. "O catalisador básico em contato com a água produz sabão, que é muito difícil de ser separado do combustível."
O catalisador ácido também permite o uso de etanol que não seja totalmente anidro (sem moléculas de água). Tremiliosi afirma que a pesquisa não estimou os custos de produção do catalisador, mas que a possibilidade de reaproveitamento pode gerar uma redução. "Além disso, há a perspectiva de utilização com uma gama maior de matérias-primas", acrescenta.
De acordo com o pesquisador, as matérias-primas utilizadas no ormosil são produzidas no Brasil, mas não em grande escala. "Caso o catalisador ácido seja utilizado para a produção de biodiesel, existe a possibilidade de adaptar o volume de produção para atender o processo de produção do combustível", afirma o químico.


Texto de Júlio Bernardes
Imagem: Ag. USP
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Energia nuclear ganha força na matriz do País

A energia nuclear deve aumentar a sua presença na matriz elétrica brasileira. A perspectiva inicial é colocar em operação nos próximos 20 anos mais quatro novas usinas, duas no nordeste e duas outras no sudeste, o que elevaria a geração termonuclear para 7,3 mil MW ante os 1,990 mil MW existentes. Essa capacidade de hoje representa apenas 2% de todo o parque gerador nacional, mas, com os cenários futuros projetados pelo governo, o crescimento da geração nuclear poderá chegar a 20% de participação na matriz elétrica brasileira, é o que afirma o diretor presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro, com exclusividade ao DCI. Somadas, essas quatro novas usinas podem gerar investimentos de cerca de R$ 25 bilhões se se considerar o atual valor da usina de Angra 3, que continua em construção na Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto (CNAAA) no município fluminense de Angra dos Reis. Apesar, porém, de afirmar que as oito centrais já poderiam atender a demanda nacional, o executivo afirmou que esse crescimento pode levar à criação de mais uma central, elevando para dez o número estabelecido previamente no programa de desenvolvimento energético nacional. “No Brasil a energia nuclear nunca será como na França, onde ela é a fonte principal, mas poderá chegar a 20% da participação na energia gerada em nosso País”, afirmou ele. Esse otimismo está baseado na necessidade de o País ter a complementaridade de sua matriz energética por meio de fontes térmicas de geração, mesmo com o governo tendo arrefecido a entrada de empreendimentos termoelétricos movidos a derivados de petróleo e a carvão. Estas fontes são consideradas altamente poluidoras e de custo mais alto quando colocadas em operação. Segundo as contas da Eletronuclear, as gerações a diesel e a óleo combustível passam de R$ 600 por megawatt-hora (MWh), enquanto o preço da energia nas usinas de Angra dos Reis fica em R$ 135,28 por MWh. Esse valor está abaixo até mesmo do de fontes consideradas renováveis como as Pequenas Centrais Hidroelétricas (PCHs) que foram concedidas no leilão A-5, que negociou energia por um período de 30 anos a R$ 154 por MWh.

Texto de Maurício Godoi
Fonte: http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=7&id_noticia=336980&editoria=

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terça-feira, 3 de agosto de 2010

Novas hidrelétricas na Amazônia

Ontem saiu finalmente (notícia publicada em 5 de maio) a nova versão do Plano Decenal de Expansão Energética, PDE 2010-2019. O plano anual, que projeta o crescimento da oferta energética para os próximos dez anos, era prometido desde o começo do ano. A última versão, lançada no final de 2008, foi criticada pela grande participação de termelétricas fósseis na geração elétrica.
A expectativa, criada pelo governo, era de que a grande quantidade de térmicas fósseis prevista para entrar em operação fosse eliminada desta atualização do plano, o que não aconteceu. Desta vez a expansão de termelétricas movidas a combustíveis fósseis foi reduzida, mas ainda mostra um crescimento incompatível um país com tanto potencial de energia renovável. A capacidade instalada, que era projetada em 14 mil MW no PDE de 2008, foi reavaliada para 9 mil MW, sendo que todas estas usinas seriam construídas até 2014.
O crescimento das térmicas a carvão, portanto, chega a 80% e de óleo combustível a 170%. Como resultado disto, as emissões do setor elétrico dobram no período, de 26 para 51 milhões de toneladas equivalentes de CO2 até o fim da década, um movimento na contramão dos esforços globais de redução de gases de efeito estufa.
Após este período, a grande parte do aumento da geração virá da geração hidrelétrica – teremos o equivalente a três Belo Monte em capacidade instalada de novas usinas de grande porte. A maioria delas na Amazônia – colocando a região sob risco de novos impactos ambientais e de aumentar a pressão do desmatamento.
As outras renováveis receberam um tratamento mais favorável em relação ao plano de 2008, mas ainda modesto em relação ao potencial nacional de exploração destas fontes. O número de parques eólicos deve crescer nos próximos dez anos, considerando a construção de projetos do Proinfa e do primeiro leilão de eólicas realizado no ano passado. Mas o número final de 6 mil MW assume que após o leilão de renováveis marcado para este ano, teríamos apenas mais uma licitação deste tipo durante todo o resto da década, o que é muito pouco diante do potencial eólico brasileiro e da demanda do setor de realização de um leilão por ano.
As usinas a biomassa passariam de 5,4 para 8,5 mil MW, uma expansão maior do que a apontada no plano anterior, mas novamente aquém do potencial brasileiro de geração de duas Itaipus apenas com a cogeração da cana-de-açúcar, até o fim da década. Sobre energia solar, absolutamente nenhuma menção é feita ao potencial de geração de painéis fotovoltaicos.
Na área nuclear, o plano continua considerando a construção da controversa usina de Angra 3, apesar de todos os questionamentos em relação à segurança da usina, dos custos subdimensionados e da falta de solução para a estocagem de resíduos radioativos, entre inúmeros outros problemas.
Por fim, o crescimento da oferta de energia ainda é projetado em 56% nos próximos 10 anos, valores exagerados para o aumento da carga neste período, especialmente se considerarmos que o ano de 2009 registrou uma redução de consumo como reflexo da crise econômica. O grande potencial de ações de eficiência energética foi novamente negligenciado. A participação destas ações é restrita a apenas 3,2% de redução do consumo destes próximos dez anos. De acordo com o cenário
Revolução Energética, do Greenpeace, é possível conseguir mais de 10% de redução de demanda até 2020, considerando a aplicação de medidas em todos os setores de consumo.

Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Mais-hidreletricas-na-Amazonia/
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Tragédia na costa chinesa

O desastre ambiental causado pelo vazamento de petróleo iniciado na última sexta-feira no porto de Dalian, nordeste da China, provocou mais do que danos à natureza. Na manhã de ontem o governo chinês anunciou a morte do bombeiro Zhang Liang, 25 anos. O bombeiro, que foi arremessado ao mar por uma forte onde ao tentar colocar bóias de contenção no mar, não resistiu à toxidade do petróleo cru.A equipe do Greenpeace na China, que esteve presente no local, relatou que os trabalhadores encarregados de recolher o óleo do mar usam pouco mais que luvas de borracha para se proteger, o que torna o trabalho extremamente perigoso. Segundo Zhong Yu, que percorreu de barco a área afetada, a maioria das baías nos arredores do vazamento estão tomadas pelo petróleo cru. “E ele é tão pegajoso quanto asfalto quente”, disse. O vazamento já atingiu pelo menos 430 quilômetros quadrados desde sexta-feira, quando um duto explodiu e provocou o derramamento de pelo menos 1500 toneladas de óleo cru no mar, o equivalente a 400 mil galões de petróleo. A batalha do governo chinês é evitar que o óleo contamine as águas internacionais.

Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Unidos-pela-desgraca/
Postado por: Mariana

Energias renováveis contra o aquecimento global


A Nasa (agência espacial americana) anunciou no início de 2010 que a década que terminou em 31 de dezembro de 2009 foi a mais quente já registrada desde 1880, ano em que a moderna medição de temperaturas ao redor do planeta começou. A mesma década também teve os dois anos de maior intensidade de calor em mais de um século – 2005, o mais quente do período, e 2009, o segundo mais quente.
O aumento da temperatura do planeta é consequência de ações humanas, especialmente tomadas a partir da Revolução Industrial, no século 18. Ela promoveu um salto tecnológico e o crescimento das civilizações como nunca vistos antes. Impulsionou também uma taxa inédita e perigosa de poluição e degradação da natureza.
A indústria floresceu baseada na queima de carvão e petróleo, duas fontes de energia encontradas na natureza cujo calor movimenta usinas, indústrias e economias gigantescas, como a dos Estados Unidos, da Europa e da China. Acontece que, com a queima, o carvão e o petróleo liberam no ar volumes gigantescos do gás dióxido de carbono (CO2). A exploração sem controle de outra matéria-prima, a florestal, também jogou outros milhões de toneladas desse gás no ar.
O CO2, também chamado de gás carbônico, é parte da atmosfera terrestre e forma uma capa ao redor da Terra, que faz a temperatura do planeta adequada para a manutenção da vida – inclusive a humana. Esse processo se chama efeito estufa. O problema, portanto, não é o mecanismo natural em si, mas a interferência feita pelo homem. O volume extra de CO2 e de outros gases, como o metano, que foram para a atmosfera a partir da Revolução Industrial engrossou a capa, de forma que a temperatura passou a subir perigosamente.
Um planeta mais quente desequilibra o ultra-sensível sistema climático da Terra. Como consequência, o gelo dos polos derrete e eleva o nível médio dos oceanos, ameaçando populações costeiras; tempestades se tornam mais frequentes, intensas e perigosas, assim como ondas de calor; biomas como a Amazônia são ameaçados pela alteração no sistema de chuvas. Populações já vulneráveis ficam com a corda no pescoço, sofrendo impactos na produção de alimentos, fornecimento de água, moradia.
Aquecimento global: o desafio da geração
zoom
Parque eólico no Nordeste. © Greenpeace / Flávio Cannalonga
Podemos voltar atrás? Em determinado grau, não, pelo menos em curto prazo. Mas o custo do desenvolvimento feito de qualquer jeito é alto demais para as próximas gerações, e uma resposta deve ser dada imediatamente. Precisamos deixar essa capa que cobre a Terra mais fina – ou pelo menos mantê-la do jeito que ela está hoje.
Quanto mais tempo o homem demora para implantar as soluções, pior será o futuro – mais caro e muito mais difícil será lidar com as mudanças climáticas. É por isso que o Greenpeace trabalha para pressionar governos e empresas a deixarem o carvão e o petróleo de lado e investirem em fontes renováveis de energia, conservarem suas florestas, repensarem práticas agropecuárias e conservarem seus oceanos.
O sol, o vento, a água e a biomassa são as fontes mais promissoras de energia hoje. O mundo não precisa investir em mais usinas a carvão e deve investir em alternativas para os carros, aviões e navios que bebem petróleo a torto e a direito. O mundo precisa de uma matriz elétrica diversificada e reformar as usinas existentes, para que deixem de jogar dinheiro e energia fora e aproveitem tudo o que é produzido ali, sem desperdício.
As cidades precisam de sistemas de transporte inteligentes. Os governos precisam deixar as florestas em pé, para permitir que as árvores ajudem a regular o clima, e conservar os oceanos, outra importante “esponja” de dióxido de carbono.
O mundo precisa, acima de tudo, que as pessoas queiram fazer a mudança, do cidadão comum aos engravatados que dirigem países e empresas. O momento da ação é agora. Os próximos bilhões de habitantes da Terra agradecerão.
Soluções:
- Investir em uma política energética inteligente: segundo
estudo encomendado pelo Greenpeace, as novas fontes renováveis podem suprir metade da demanda mundial até 2050
- Incentivar o setor de novas energias: a indústria de geração e de eficiência energética tem
capacidade de abrir 8 milhões de empregos no mundo até 2030
- Zerar o desmatamento no mundo: no mundo, a derrubada e a queimada das florestas tropicais jogam 5,1 bilhões de toneladas de carbono por ano na atmosfera; só no Brasil, o volume é de 1,26 bilhão de toneladas por ano
- Conservar os oceanos: os mares absorvem CO2 da atmosfera, mas eles têm um limite. Destinar 40% dos oceanos para unidades de conservação ajuda a mantê-los saudáveis, de forma a cumprirem essa tarefa.



Autor da foto: Flávio Cannalonga

Postado por: Mariana

Curiosidades sobre energia

- Zero energia é a fonte de energia libertada quando os átomos param de se mover a -273°C;
- Se gritar durante 8 anos, 7 meses e 6 dias produzirá energia para aquecer uma xícara de café;
- Em 10 minutos, um furacão produz mais energia que todas as armas nucleares do mundo combinadas;
- Os raios elétricos são 27.75°C mais quentes que o sol;
- Os EUA consomem 25% da energia mundial;
- Em um tanque cheio de um Jumbo há combustível suficiente para guiar um automóvel normal durante quatro voltas ao mundo;
- A mais alta temperatura produzida foi de 511.000.000°C, nos EUA;
- O mais poderoso laser gera um pulso de energia igual a 100.000.000.000.000°C watts de potência durante 0,000000001 segundos para um alvodo tamanho de um grão de areia.
Fonte:
www.energiasalternativas.com/curiosidades-energia
Postado por: Mariana

domingo, 1 de agosto de 2010

Energia Alternativa ou Renovável - Solução Sustentável

por Luiz Fernando do Valle

Em função da crise energética e do problema do aquecimento global surgiu a necessidade de buscarmos novas fontes de energia que pudessem minimizar os graves problemas advindos dessa situação.
Uma das formas de se resolver o problema do aquecimento do clima na Terra é rever uma boa parte da matriz energética usada pelo homem até agora. Por essa razão surgiu o desenvolvimento das energias alternativas ou renováveis, que são obtidas de fontes naturais virtualmente inesgotáveis, sendo algumas dessas pela grande quantidade de energia que contêm e outras porque têm a capacidade de regenerar-se por meios naturais.
A capacidade do homem de desenvolver soluções para os seus problemas é muito grande, porém, sua capacidade de criá-los é muito maior, e essa tem sido a principal razão de estarmos nesta situação.
Por não perceber sua gravidade ou por menosprezá-la, descobrimos que estamos na eminência de uma catástrofe climática provocada pelo próprio homem, sem precedentes em nossa história. Podemos estar vivendo o epílogo de uma fase para iniciar outra da qual não temos o menor domínio.
Muito se tem escrito e falado sobre esse problema, mas parece que só acordaremos desse sono profundo quando for muito tarde. Ou não. É possível que alguns milhares de pessoas, ou mesmo comunidades, já tenham despertado desse pesadelo e estejam dando os primeiros passos dessa nova fase de desenvolvimento sustentável de nossa civilização.
A base energética que suportou nosso crescimento nestas últimas décadas apoiou-se fortemente no combustível fóssil, altamente poluente desde a sua extração e com grande impacto ambiental. Antes dele o carvão, igualmente nocivo à saúde humana e à natureza. A vida moderna tem sido movida a custa de recursos esgotáveis que levaram milhões de anos para se formar e um dia irão acabar.
O uso desenfreado desses combustíveis tem mudado substancialmente a composição da atmosfera e o equilíbrio térmico do planeta, provocando o aquecimento global, degelo nos pólos, chuvas ácidas e o envenenamento de todo meio ambiente.
O que parecia ser boa solução como combustível, petróleo e carvão, em função das reservas e dos preços baixos até alguns anos atrás virou uma bomba-relógio e um passivo ambiental sem precedentes para a humanidade. E hoje, constatamos que o preço que teremos de pagar por essa aventura é muito maior do que imaginávamos ou gostaríamos.
Surgiu uma nova esperança no fim do túnel com o desenvolvimento dessas fontes de energia alternativa. É bem provável que em um futuro próximo outras energias ainda surjam mais potentes e econômicas, mas já podemos agora começar a substituição do carvão e do petróleo por energias mais limpas e renováveis.
As energias alternativas têm o potencial de atender a maior parte da demanda crescente por energia, independentemente da origem dessa demanda, seja para a eletricidade, para o aquecimento ou mesmo para o transporte.
Há três aspectos importantes que devem ser salientados sobre esse tipo de energia: a sua viabilidade econômica, a sustentabilidade dessas fontes e a disponibilidade de recursos renováveis para a sua geração, o que varia nas diferentes regiões do globo.
A energia renovável provém de ciclos naturais de conversão da radiação solar, que é a fonte primária de quase toda energia disponível na Terra. Por isso é praticamente inesgotável e não altera o balanço térmico do planeta.
As energias alternativas podem ser geradas por fontes diferentes: hidráulica, energia potencial da água realizada em centrais hidroelétricas; eólica, energia cinética ou de movimento que utiliza o vento, captado por aerogeradores ou moinhos de ventos; oceânica, energia cinética de movimento ondular que através de uma turbina é transformada por um gerador em energia elétrica; solar, energia captada em painéis térmicos e armazenada em baterias próprias para uso doméstico; geotérmica, energia que provém do calor do interior da Terra e utiliza os gêiseres que são fontes termais; nuclear, consiste no uso controlado das reações nucleares para a geração de eletricidade; e a biomassa, através da fotossíntese, as plantas capturam energia do sol e transformam em energia química. Essa energia pode ser convertida em eletricidade, combustível ou calor, a exemplo da cana-de-açúcar.
Quaisquer que sejam as fontes de energia que venham a predominar em um futuro próximo terão que ter características que permitam baixíssima emissão de gases poluentes e grande capacidade de renovação.
O meio ambiente tem sofrido um nível de devastação e poluição no ar, solo e na água que torna o cenário atual extremamente perigoso e quase irrecuperável. O momento exige, por parte dos governos e da sociedade, uma revisão de hábitos, costumes e de interesses, de tal forma que surja uma nova mentalidade e um comprometimento com o nosso futuro. O tempo restante antes do colapso é curto. Temos que apressar as soluções necessárias e mudar nossa percepção de progresso enquanto há tempo.

Retirado em:
http://www.blograizes.com.br/energia-alternativa-ou-renovavel-solucao-sustentavel.html

Postado por: Andréia

Usina Termoelétrica ou Usina Termelétrica

Negrito
É uma instalação industrial usada para geração de energia elétrica/eletricidade a partir da energia liberada em forma de calor, normalmente por meio da combustão de algum tipo de combustível renovável ou não renovável. Outras formas de geração de eletricidade são energia solar, energia eólica ou hidreletrica.

Geralmente algum tipo de combustível fóssil como petróleo, gás natural ou carvão é queimado na camara de combustão. O vapor movimenta as pás de uma turbina, cada turbina é conectada a um gerador que gera eletrecidade.
Há vários tipos de usinas termelétricas, sendo que os processos de produção de energia são praticamente iguais porém com combustíveis diferentes. Alguns exemplos são:


*Usina a óleo;
*Usina a carvão;
*Usina nuclear; e
*Usina a gás: usa gás natural como o combustível para alimentar um turbina de gás. Porque os gases produzem uma alta temperatura atraves da queima, e são usados para produzir o vapor para mover uma segundo turbina, e esta por sua vez de vapor. Como a diferença da temperatura, que é produzida com a combustão dos gases liberados torna-se mais elevada do que uma turbina do gás e por vapor, portanto os rendimentos obtidos são superiores, da ordem de 55%.





Impactos Ambientais


Como vários tipos de geração de energia, a termeletricidade também causa impactos ambientais. Contribuem para o aquecimento global através do efeito estufa e da chuva ácida. A queima de gás natural lança na atmosfera grandes quantidades de poluentes, além de ser um combustível fóssil que não se recupera.
O Brasil lança por ano 4,5 milhões de toneladas de carbono na atmosfera, com o incremento na construção de usinas termelétricas esse indicador chegará a 16 milhões.
As termoelétricas apresentam um alto custo de operação, em virtude do dinheiro utilizado na compra de combustíveis.

retirado de: http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Ar/termeletrica.php

postado por: Fernanda

Energia: Panorama energético atual e perspectivas futuras

A demanda projetada de energia no mundo aumentará 1,7% ao ano, de 2000 a 2030, quando alcançará 15,3 bilhões de toneladas equivalentes de petróleo (TEP, ou toe, na sigla internacional, em inglês) por ano, de acordo com o cenário base traçado pelo Instituto Internacional de Economia (Mussa, 2003). Em condições ceteris paribus, sem alteração da matriz energética mundial, os combustíveis fósseis responderiam por 90% do aumento projetado na demanda mundial, até 2030.
Entretanto, o esgotamento progressivo das reservas mundiais de petróleo é uma realidade cada vez menos contestada. A Bristish Petroleum, em seu estudo “Revisão Estatística de Energia Mundial de 2004”, afirma que atualmente as reservas mundiais de petróleo durariam em torno de 41 anos, as de gás natural, 67 anos, e as reservas brasileiras de petróleo, 18 anos.
A matriz energética mundial tem participação total de 80% de fontes de carbono fóssil, sendo 36% de petróleo, 23% de carvão e 21% de gás natural (Tabela 1). O Brasil se destaca entre as economias industrializadas pela elevada participação das fontes renováveis em sua matriz energética. Isso se explica por alguns privilégios da natureza, como uma bacia hidrográfica contando com vários rios de planalto, fundamental a produção de eletricidade (14%), e o fato de ser o maior país tropical do mundo, um diferencial positivo para a produção de energia de biomassa (23%).



retirado de: http://www.biodieselbr.com/energia/agro-energia.htm

postado por: Fernanda

Satélite de energia solar



Satélite de energia solar - é um conceito de satélite dotado de painéis capazes de captar a energia solar.

A uma determinada distância longe da sombra projetada pela Terra, nunca é "noite". O espaço é permanentemente atravessado pela luz e energia do Sol. Um satélite de energia solar em órbita geoestacionária seria iluminado 99% do tempo!

O uso a energia do Sol tem várias vantagens: as instalações "receptoras" na superfície terrestre são simples ao contrário de barragens de usinas hidrelétricas e locais para armazenamento de petróleo que ocupam grandes extensões. E é uma energia "limpa" pois não emite quaisquer tipos de poluentes.

Após a captação esta energia é então convertida em microondas ou radiação infravermelha e depois enviada à Terra. Uma usina recebe essa energia solar convertida e a transforma em energia elétrica que poderá ser usada normalmente.

Tais projetos ainda não foram relizados devido a dois motivos principais: os elevados custos para a construção e lançamento destes satélites na órbita terrestre e também porque a energia gerada desta forma tem um custo muito maior se comparada às fontes de energia convencionais.

Os satélites de energia solar poderiam ter vantagens para o mundo em termos de segurança energética evitando futuros conflitos pela posse de fontes de energia cada vez mais escassas, reduzindo despesas militares e a perda de vidas humanas.

POSSÍVEIS PROJETOS




Retirado em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lite_de_energia_solar

Postado por: Andréia

sábado, 31 de julho de 2010

Principais problemas ambientais ligados às fontes de energia

Poluição atmosférica


A poluição atmosférica está associada, principalmente, à queima de carvão e de combustíveis derivados de petróleo. Esses dois insumos alimentam grandes setores da economia atual, como a própria geração de energia (termoelétricas), a produção industrial e o transporte, totalizando aproximadamente 90% da energia comercial utilizada no mundo. Estima-se que, entre 1960 e 1996, com o incremento das atividades industriais e de transporte (rodoviário e aéreo), a emissão de carbono (CO e CO2) resultante da queima desses combustíveis, mais que dobrou.

O transporte rodoviário, uma das maiores fontes de poluentes, joga mais de 900 milhões de toneladas de CO2 por ano na atmosfera. De 1950 até 1994, a frota mundial de veículos (carros, ônibus e caminhões) cresceu nove vezes, passando de 70 milhões para 630 milhões. No Brasil, de acordo com o capítulo Cidades Sustentáveis da Agenda 21, a taxa de motorização passou de 72 habitantes por automóvel em 1960 para pouco mais de 5 em 1998, podendo chegar essa relação a 4,3 em 2005, enquanto a quantidade média diária de viagens por habitante, segundo a projeção, deve subir de 1,5 registradas em 1995 para 1,7 viagens.

Os efeitos nocivos do crescimento automotivo têm aparecido continuamente em levantamentos de saúde. Uma estatística, divulgada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1999, apontou a poluição como responsável por um número maior de mortes do que o trânsito, em decorrência de problemas respiratórios ou cardíacos desencadeados pela exposição contínua ao ar poluído.

Os pesquisadores europeus, que avaliaram os efeitos da poluição do ar em três países (Áustria, Suíça e França), estimam que essa seja a causa de 40 mil mortes anuais, metade das quais ligadas diretamente à poluição produzida por veículos automotores. A poluição gerada (monóxido de carbono, óxidos de enxofre e nitrogênio, material particulado) pelo transporte também é apontada como a responsável por 25 mil novos casos anuais de bronquite crônica e mais de 500 mil ataques de asma. Esses dados confirmaram informações de pesquisas anteriores, realizadas no Reino Unido, que mostraram que a poluição abrevia a vida de 12 a 24 mil pessoas por ano e provoca outras 24 mil internações.

Os dados brasileiros também revelam prejuízos significativos à saúde, em particular de gestantes, crianças e idosos. Um grupo da Faculdade de Medicina da USP constatou, em 1997, que a concentração de poluentes atmosféricos em São Paulo, principalmente nos meses de inverno, pode aumentar até 12% o risco de mortes por doenças respiratórias.

Os experimentos feitos com animais de laboratório indicaram que, após 3 meses de exposição aos poluentes, aparecem sintomas de rinite alérgica e crises de asma, além da redução das defesas imunológicas pulmonares, o que dobra o risco de contrair câncer. O ar de São Paulo recebe, anualmente, cerca de 3 milhões de toneladas de poluentes, 90% deles emitidos por veículos automotores. Os efeitos agudos da poluição se manifestam, sobretudo, durante o inverno, quando a procura por atendimento em pronto-socorros infantis aumenta 25% e o número de internações por problemas respiratórios sobe 15% em relação às outras estações, quando o egime mais intenso de chuvas e ventos ajuda a dispersar a poluição. Entre as crianças esse índice chega a 20% e a taxa de mortalidade de idosos acima de 65 anos, nesse período do ano, aumenta até 12%.

Outra pesquisa, liderada pelo Laboratório Experimental de Poluição Atmosférica, também da USP, investigou os danos provocados aos fetos, apesar da proteção oferecida pela placenta e pelo próprio corpo materno. A análise comparativa entre o número de óbitos fetais tardios (ocorridos após o 7º mês de gestação) e o nível diário de poluição revelou um número maior de mortes em períodos mais poluídos. De acordo com os pesquisadores, dois em cada oito óbitos fetais tardios estão associados à poluição. Embora não seja fator determinante para a perda do bebê, a poluição é um risco adicional à saúde das gestantes nos grandes centros urbanos.

Aumento do Efeito Estufa e Alterações Climáticas

A crescente consumo de combustíveis fósseis também está alterando o equilíbrio do planeta proporcionado pelo "efeito estufa", fenômeno que permite manter uma temperatura terrestre favorável à existência biológica. Contudo, a temperatura média da Terra responde ao aumento da concentração de gases de efeito estufa, pois esses gases, embora não possuam a capacidade de absorver a radiação proveniente do sol, podem reter a radiação de retorno, amplificando os efeitos do fenômeno produzido naturalmente.

Entre os gases de efeito estufa mais conhecidos estão o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O) e os clorofluorcarbonos (CFCs). Os óxidos de nitrogênio (NOx), o monóxido de carbono (CO), os halocarbonos e outros de origem industrial como o hidrofluorcarbono (HFC), o perfluorcarbono (PFC) também são exemplos de gases de efeito estufa.

Segundo o Painel Intergovernamental para Mudanças Climáticas (IPCC), o aumento de dióxido de carbono em decorrência da intensificação das atividades industriais foi o principal fator que contribuiu para elevar a média da temperatura entre 0,4ºC e 0,8ºC na superfície do planeta durante o último século. O relato da Academia Nacional de Ciências (NAS) dos Estados Unidos durante a realização do Fórum Econômico, na Suíça, em janeiro de 2000, confirmou que a temperatura média global nos dias atuais é substancialmente maior que a taxa média de aquecimento durante todo o século XX.

Em 1896, as pesquisas de Svente Arrhenius já apontavam indícios de superaquecimento terrestre como decorrência do aumento de dióxido de carbono (CO2) produzido pela queima de recursos fósseis (petróleo, carvão, biomassa). O assunto permaneceu como tema acadêmico até meados do século XX, quando estudos experimentais, realizados na década de 1950, provaram que a composição atmosférica tinha mudado desde o início da Era Industrial e que o ritmo dessa mudança poderia estar se acelerando. A quantidade de dióxido de carbono e metano produzida pela decomposição orgânica nos lagos represados de grandes centrais hidrelétricas e o índice elevado de óxidos nítricos expelido diretamente na camada estratosférica pelo tráfego aéreo tem sido citados como fatores agravantes do fenômeno.

A contribuição desses gases para o aumento da temperatura global depende do tempo de sua permanência na atmosfera e da interação com outros gases e com o próprio vapor d'água natural do planeta. O dióxido de carbono é o principal agente da mudança em vista do tempo de dispersão muito longo e da quantidade gerada pelas atividades antropogênicas. O metano, embora tenha período curto de permanência na atmosfera, possui expressiva contribuição no aumento do efeito estufa porque absorve maior quantidade do calor irradiado pela Terra. Calcula-se que o metano tem um potencial de aquecimento atmosférico 56 vezes maior do que o dióxido de carbono. Os óxidos nítricos, em menor proporção, também têm a mesma característica de reação fotoquímica com a luz solar, promovendo a formação de ozônio de baixa altitude.

Em 2000, o Brasil ocupava a 17ª posição no ranking de poluidores, emitindo 74,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono por ano. Se as emissões causadas pelos desmatamentos fossem computadas, o País passaria a emitir 200 milhões de toneladas a mais, passando para a 5ª posição no ranking. (Os dados de intensidade energética e emissão per capita de CO2, por países. Os dados da emissão de CO2 por setor de economia, no Brasil. O histórico das emissões de CO2, por fonte de energia

O estudo feito por geólogos da Universidade do Texas, Estados Unidos, demonstrou que apenas 25% da variação total da temperatura terrestre, no último século, ocorreu por causas naturais, como erupções vulcânicas e flutuações na intensidade da luz solar que atinge a Terra. Esses fenômenos naturais foram os responsáveis pela maior parte das mudanças climáticas globais verificadas até meados do século XIX. Os resultados de outra pesquisa, desenvolvida por geofísicos da Universidade de Utah, registraram um aquecimento médio global de 1,1ºC desde o início da Revolução Industrial, no final do século XVIII. Os pesquisadores cruzaram as temperaturas medidas em poços com até 600 metros de profundidade com os dados registrados a partir de 1860 por estações meteorológicas. As temperaturas obtidas são semelhantes àquelas aferidas por outro grupo de pesquisadores em poços do hemisfério Sul, durante o ano de 2000, e são coerentes com os relatórios emitidos pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

Mudanças impostas ao equilíbrio do planeta pela atividade humana, que incluem principalmente o aumento dos gases de efeito estufa e da radiação solar incidente em virtude da destruição da camada de ozônio, causada principalmente pelos compostos de cloro e bromo, sendo o CFC (clorofluorcarbonos) o principal deles, tendem a acelerar também a alteração da temperatura oceânica, a circulação associada entre a terra e os mares, e os tipos climáticos das regiões terrestres.

O cenário resultante dessas mudanças seriam desastres como enchentes, fome, epidemias, extinção de espécies animais e vegetais, desertificação de terras produtivas, destruição de recifes de coral e submersão de países do Caribe e do Pacífico, com territórios ao nível do mar. Os custos para prevenir e contornar as catástrofes decorrentes das mudanças climáticas e das perdas de terras agrícolas, água potável, estoques pesqueiros e produção de energia devem consumir aproximadamente U$ 300 billhões, a partir de 2050, conforme dados divulgados por seguradoras ligadas ao Programa das Nações Unidas sobre Meio Ambiente. Os dados projetados pelo Centro Tyndall, da Universidade de East Anglia (Inglaterra), prevêem que o impacto causado pelo aquecimento sobre determinadas regiões poderá agravar a situação de países que figuram entre os mais quentes e secos do mundo, como o Cazaquistão e a Arábia Saudita, ou já enfrentam escassez de alimentos, como o Afeganistão e a Etiópia.

Chuva Ácida

Os principais ácidos da chuva são o sulfúrico (H2SO4) e o nítrico (HNO3), formados pela associação da água com dióxido de enxofre (SO2) e óxidos de nitrogênio (NOx), produtos da queima de combustível fóssil, que podem ser carregados pelo vento por distâncias superiores a 1.000 quilômetros do ponto de emissão, ocasionando chuvas ácidas distantes da fonte primária de poluição, o que acaba se tornando um problema sem fronteiras territoriais.

O dióxido de enxofre e os óxidos de nitrogênio podem causar danos tanto pela precipitação seca, que se depõe sobre a vegetação e as estruturas (monumentos, prédios, etc.), como pela precipitação úmida, dissolvidos na chuva ou em vapores d'água atmosféricos. Para a saúde humana os principais danos causados pela ingestão de água ou alimentos contaminados por metais pesados presentes na chuva ácida são os problemas neurológicos.

Há, normalmente, fluxos naturais de enxofre e nitrogênio causados pelas emissões vulcânicas, pela queima de biomassa e pela iluminação solar. São fluxos uniformemente espalhados, que não causam grandes precipitações. O fator significativo aqui também são as ações humanas porque o fluxo derivado destas é concentrado em poucas regiões industriais, porém tem a desvantagem adicional de poder se espalhar e afetar a população de outras regiões, dependendo do regime dos ventos.

Por dois anos consecutivos (1999-200), pesquisadores norte-americanos, europeus e indianos do Projeto INDOEX (Indian Ocean Experiment) constataram a existência de uma mancha marrom de 10 milhões de quilômetros quadrados de extensão com 3 a 5 Km de espessura formada por resíduos poluentes - fuligem, sulfatos, nitratos, partículas orgânicas, cinzas e poeira mineral - sobre a Índia e o Oceano Índico, obstruindo a passagem da luz solar e provocando chuva ácida. Para os cientistas, a mancha resulta da alta concentração de poluentes emitidos em toda a Ásia e acumulados sobre essa região em decorrência dos padrões de circulação climática.

No decorrer da década de 1990, os países asiáticos lançaram na atmosfera cerca de 34 milhões de toneladas de dióxido de enxofre ao ano, quase 40% a mais do que os Estados Unidos, até então o maior responsável pela emissão desse gás no mundo. Por causa do incremento da industrialização e da frota de veículos, além do consumo intenso de carvão como gerador de energia, esses números devem triplicar até 2010, sobretudo na China, Índia, Tailândia e Coréia do Sul.

Vazamentos de Petróleo
No caso brasileiro, além do lixo, dos esgotos lançados in natura e de materiais contaminados oriundos das dragagens portuárias, a ocorrência crescente de vazamentos de petróleo têm sido um fator crescente de poluição dos ecossistemas costeiros. Quando o vazamento ocorre em alto mar, existe todo um processo que pode ocorrer com a mancha provocada, fazendo com que ela se disperse antes de chegar à costa. Como o óleo é menos denso do que a água, ele tende a flutuar, atingindo uma grande superfície. Neste processo, os compostos mais nocivos evaporam, pois são muito voláteis, e as partes mais pesadas dos hidrocarbonetos, com o batimento das ondas se agregam a pequenas partículas em suspensão no oceano, sedimentando lentamente.

Antes do afundamento da plataforma P-36, em março de 2001, e do acidente com a plataforma P-7, em abril, a Petrobrás somava 18 desastres causados desde março de 1975 por vazamento de óleo e gasolina ou emissão de vapores de soda caústica, nove deles somente entre 1990 e 2000. Em quatro deles (janeiro, março, junho e julho de 2000), foram lançados mais de 5 milhões de litros de petróleo na região costeira da Baía de Guanabara (RJ), em Araucária (PR) e em Tramandaí (RS).

Para o ecossistema marinho, o custo desses vazamentos pode representar o comprometimento no longo prazo da diversidade biológica e genética, composta por organismos e plantas que formam a base da cadeia alimentar e são responsáveis pela dispersão intra e inter-oceânica das espécies. Uma alteração significativa do ambiente oceânico poderá agravar a diminuição dos principais estoques pesqueiros, já considerados sob risco uma vez que 70% deles são superexplorados ou estão em seu limite biológico de reprodução. Outro sinal visível da degradação dos ambientes oceânicos é a descoloração dos recifes de coral.

O Fundo Mundial para a Natureza (WWF) tem observado, desde 1980, o aumento do número de formações atingidas pelo problema. Em 1998, o relatório Planeta Vivo, emitido pelo WWF, informou 100 episódios de descoloração de recifes durante a década de 1980, um índice alarmante comparado aos três registros históricos ocorridos nos cem anos anteriores. A degradação dos recifes de corais ameaça uma diversidade de espécies animais que utiliza as formações como habitat e torna as costas litorâneas desprotegidas contra a erosão provocada pelos movimentos oceânicos e o impacto das tempestades sobre a plataforma continental.

A própria extração do petróleo provoca danos ambientais que ainda não foram devidamente mensurados. A lama utilizada como lubrificante para evitar o excesso de atrito do equipamento durante o processo de furo produz um montante ainda não calculado de rocha moída que é jogada no mar assim como todos os resíduos que são inerentes ao processo de extração do petróleo (gás e água com alta salinidade e concentração de metais). A bacia marítima de Campos (RJ), considerada pelos especialistas como uma das maiores fontes de petróleo do Brasil devido à sua extensão (40 mil km2), fica em uma região de grande diversidade ecológica e interesse turístico porque abriga várias lagoas costeiras, manguezais, praias arenosas e de cascalho, costões rochosos, colônias de aves marinhas, além de áreas de pescas e bancos de calcário em profundidades até 120 metros.

Desmatamento e Desertificação

O desmatamento promovido para obtenção de fontes energéticas (madeira e carvão) e a transformação de florestas em terrenos cultiváveis reduziram em 70% o parque florestal europeu e asiático entre os séculos XIX e início do século XX. De um total estimado em 62,2 milhões de quilômetros quadrados, restam somente 33,4 milhões de florestas. Atualmente, 46% das matas nativas do planeta estão sob o mesmo risco de destruição pelo desmatamento que consome, todo ano, 17 milhões de hectares de florestas tropicais, de acordo com o WWF e o Centro Mundial de Monitoramento e Conservação (WCMC).

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) divulgou que, entre 1980 e 1995, houve um aumento de 4% na cobertura florestal da Europa, mas as condições da mata são precárias em virtude de incêndios, secas, pragas e poluição atmosférica. Nas áreas reflorestadas mais de 25% das árvores apresentam processos de desfoliação e número de matas primárias saudáveis reduziu, no mesmo período, de 69% para 39%.

As queimadas para prática de técnicas agropecuárias são a principal forma de desmatamento. A expansão de áreas urbanas, a construção de malhas viárias e a implantação de projetos hidrelétricos ou para extração de minérios, além do comércio de madeira, incluindo o ilegal, que movimenta aproximadamente U$ 6 bilhões por ano, também contribuem para a desvastação. O manejo inadequado da terra e uso excessivo de fertilizantes, somados ao desmatamento da cobertura vegetal, também são responsáveis pela desertificação de áreas extensas ao redor do planeta, particularmente na África, onde mais da metade do território são de terrenos semi-áridos, áridos ou desérticos. No Brasil, onde a perda de terras cultiváveis chega a U$ 4 bilhões ao ano, a desertificação já compromete 980 mil quilômetros quadrados. Durante a década de 1990, segundo o WRI, foram perdidos 562 milhões de hectares de terra férteis, o que representa 38% da área total plantada no mundo.

As queimadas com fins agrícolas ou comerciais, além de causarem degradação ambiental, também são um grande fone de emissão de dióxido de carbono. Ao longo da década de 1980, as florestas chegaram a ser consideradas "o pulmão do planeta", em virtude da absorção de dióxido de carbono e à liberação de oxigênio realizadas pelas plantas durante o processo de fotossíntese. A posteriori, algumas pesquisas apontaram que isso, na realidade, se tratava de um equívoco porque o oxigênio liberado durante a fotossíntese era absorvido pelas próprias árvores para realimentar esse processo.

Recentemente, o projeto Experimento de Grande Escala da Biosfera - Atmosfera na Amazônia, que reúne mais de 300 pesquisadores da América Latina, Estados Unidos e Europa, comprovou que existe realmente um balanço positivo na absorção de carbono pela floresta amazônica, embora menor do que havia sido divulgado anteriormente (5 a 8 toneladas de carbono por hectare). As correções realizadas nos cálculos indicam que, somadas todas as fontes conhecidas de absorção e emissão, a floresta retira uma quantidade relativamente modesta de carbono por hectare preservado, algo entre uma e duas toneladas anuais.

Considerando a sua extensão, que abrange 70% do ecossistema florestal da América Latina, a floresta ainda seria capaz de retirar uma quantidade de carbono nada desprezível, estimada entre 400 e 800 milhões de toneladas por ano, ou o eqüivalente à aproximadamente 10% das emissões globais devido à queima de combustíveis fósseis e ao desmatamento.

De todo modo, a destruição das florestas por queimadas ou desmatamento acarreta um duplo impacto ambiental porque as queimadas desprendem uma grande quantidade de dióxido de carbono e os desmatamentos, ao retirar a cobertura vegetal, reduzem a quantidade de água evaporada do solo e a produzida pela transpiração das plantas, acarretando uma diminuição no ciclo das chuvas. Além de provocar os efeitos climáticos diretos, o calor adicional pode destruir o húmus (nutrientes, microorganismos e pequenos animais) que promove a fertilidade do solo.

Os efeitos da destruição já são sentidos inclusive nas áreas urbanas, onde o desmatamento das margem dos rios aumenta progressivamente o grau de erosão dos terrenos ribeirinhos, reduzindo a vazão da água e a qualidade do abastecimento. Em várias cidades, como Piraciba (SP), as prefeituras têm recorrido ao reflorestamento com espécies nativas para tentar reverter o processo de degradação e conter os riscos de desabastecimento.

Retirado em: www.guiafloripa.com.br/energia/ambiente/problemas_ligados_energia.php
Postado por: Juliane