terça-feira, 27 de julho de 2010

Combate ao disperdício.

A energia é produzida por meio da construção de hidroelétricas e centrais nucleares ou da utilização de combustíveis fósseis em usinas térmicas, soluções caras e prejudiciais ao meio ambiente. Entretanto, uma outra solução se oferece: a economia de energia por meio de bons hábitos por parte dos consumidores e do desenvolvimento e difusão de novas tecnologias mais eficientes.

Alguns hábitos inteligentes:

- Adquirir produtos energeticamente eficientes e mantê-los adequadamente são atitudes fundamentais para o combate ao desperdício de energia. Como exemplo, temos nossas geladeiras que são extremamente gastonas, quando comparadas, por exemplo, com as japonesas. Isto se dá devido a má qualidade ou a insuficiência dos isolantes térmicos usados nas altas temperaturas dos países tropicais. Além disso, o motor situado na parte inferior da geladeira aquece o ar e , como o ar quente sobe, ele aquece o aparelho. As geladeiras japonesas possuem motor na parte superior e consomem metade da energia das boas geladeiras norte americanas de mesmo tamanho. Mas precisam ser complementados com hábitos novos, que você adota sem qualquer sacrifício.

a) Durante o dia, aproveite os raios solares e evite acender lâmpadas. À noite, só deixe acesas as que estiver usando.

b) Assista TV, mas desligue o aparelho quando ninguém estiver assistindo, não durma com ele ligado.

c) Cante a vontade no banheiro, mas não demore muito no banho, o chuveiro elétrico consome bastante. Se você quiser economizar 30% de energia, mantenha a chave na posição verão.

d) Ao atacar a geladeira, retire os alimentos de uma só vez, não coloque comida quente lá dentro.

e) Ao usar o ar condicionado, mantenha portas e janelas fechadas, antes de sair, desligue o aparelho.

As instalações clandestinas, os famosos “gatos” colocam em risco nossa vida e fios desencapados, que dão choques e deixam escapar corrente. Muitos outros exemplos podem ser citados, mas, resumidamente combater o desperdício é:

Usar a energia de forma inteligente;

Não jogar energia fora;

Assumir o compromisso com a preservação do planeta;

Gastar somente o necessário, rompendo a resistência humana em esbanjar energia.

Muitas vantagens são encontradas combatendo o desperdício de energia. Essas vantagens enfatizam valores fundamentais, como: preocupação com a qualidade de vida; proteção aos recursos naturais e exercício da cidadania; amplia no tempo, os recursos naturais não renováveis ainda disponíveis; Contribui para minimizar os impactos ambientais; reduzir custos para a nação e para o consumidor; maximizar o aproveitamento dos investimentos já efetuados no sistema elétrico; induz a modernização industrial; melhora a competitividade internacional dos produtos de consumo e dos bens duráveis fabricados no Brasil.

Para combater o desperdício de energia elétrica temos que contar com vários segmentos de consumo e também com o sistema elétrico. Ao sistema elétrico cabe reduzir as perdas nas etapas de geração, transmissão e distribuição de energia, assim como desenvolver projetos que tenham como objetivo combater o desperdício.

São vários os segmentos de consumo e já citados alguns hábitos inteligentes quanto ao consumo nas residências. Na indústria, o combate ao desperdício pode ser acelerado aumentando-se a eficiência energética nas máquinas, processos, procedimentos e produtos. Por meio de diagnósticos energéticos, aperfeiçoam-se as rotinas de manutenção e verifica-se o funcionamento do equipamento e instalações. Assim, as fábricas economizam tempo e matéria-prima, criam empregos qualificados, aumentam a produtividade e aperfeiçoam o produto final. No comércio, combate-se o desperdício já nas construções e reformas das instalações por meio da escolha de materiais adequados. Os sistemas de refrigeração e iluminação também exigem uma atenção especial. No poder e serviços públicos alcança-se o combate ao desperdício com a eficiência das instalações. Na iluminação pública, obtém-se o mesmo resultado trocando-se as lâmpadas ineficientes por outras de melhor rendimento. Na agricultura, o combate ao desperdício depende da melhoria da execução dos sistemas de irrigação.

O cidadão pode fazer bastante para combater o desperdício de energia. Sua atuação reverte em seu próprio benefício, pois representa em economia em seu bolso e melhoria de sua qualidade de vida. É uma atitude inteligente que contribui para o desenvolvimento sustentável, além do exercício da cidadania.

Retirado em: http://wwwp.fc.unesp.br/~lavarda/procie/dez14/marcos/index.htm

Postado por: Bruna

Produção de energia para o futuro requer tecnologia revolucionária

Não há hoje nenhuma tecnologia no mundo capaz de substituir os combustíveis fósseis na produção de energia a ponto de conter o processo que está levando ao aquecimento global. Para buscar uma solução, dizem cientistas americanos e canadenses, será preciso apostar alto em coisas que ainda não existem --e que parecem ter saído diretamente dos filmes de ficção científica. O grupo liderado por Martin Hoffert, um físico da Universidade de Nova York, analisou diversas estratégias atualmente apontadas como formas de produção de energia limpa, mas chegou à conclusão de que nenhuma delas (biomassa, fissão nuclear, ventos ou fotovoltaica terrestre), mesmo em esforços combinados, vai substituir a contento os 12 terawatts anuais consumidos pela humanidade hoje (85% dos quais são derivados de combustíveis fósseis), muito menos os 30 estimados para daqui a 50 anos. Em estudo publicado hoje na "Science" (www.sciencemag.org), os pesquisadores argumentam que alternativas como fusão nuclear (incluindo reatores mistos de fusão e fissão) e estações de captação de energia solar montados no espaço são possíveis caminhos —contanto que comece agora um esforço no sentido de desenvolver a tecnologia. "Estamos bastante convencidos de que nenhuma tecnologia atual vai resolver", diz Hoffert. "E nós não somos pessimistas. Estamos apenas tentando ver quais revoluções tecnológicas poderão responder ao problema." As idéias que podem enfrentar o desafio já existem, mas será preciso usá-las de forma combinada e após torná-las tecnologicamente viáveis. Fusão nuclear, por exemplo, é a forma de produção de energia que alimenta as estrelas, fusionando átomos de hidrogênio que se transformam num de hélio, com grande liberação de energia no processo. Mas os melhores experimentos com fusão só conseguem empatar a reação --ou seja, gastar a mesma quantidade de energia que seria gerada pela fusão nuclear para iniciá-la. Por seu potencial rendimento teórico, a fusão pode ser o grande caminho para o futuro, mas não sem antes haver um grande investimento em pesquisa e desenvolvimento para torná-la viável. Painéis solares no espaço A energia fotovoltaica, obtida com painéis solares, não oferece grande rendimento na Terra. Levada ao espaço, onde os painéis recebem mais radiação solar e não estão sob uma atmosfera cheia de nuvens, metade do tempo sem a luz do Sol, pode ajudar, mas não resolver. Estima-se que 660 estações com superfície total igual à do Rio Grande do Norte, em órbita geoestacionária (sempre sobre o mesmo ponto da Terra), poderiam coletar 10 terawatts. Em outras palavras, será preciso mais que uma estratégia para substituir a energia produzida à custa da emissão de gás carbônico, principal causa do efeito estufa, que deve elevar a temperatura global em 1,5ºC a 4,5ºC nos próximos cem anos. "Com um esforço vigoroso em pesquisa e desenvolvimento, um conjunto de tecnologias pode resolver o problema, mas não há uma única bala mágica agora que possa eliminar o aquecimento global", diz Ken Caldeira, do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, na Califórnia, também autor do estudo. Pelo menos o problema parece solúvel. "É complicado, mas não impossível. Dependerá muito de vontade política", diz Hoffert. "A humanidade é capaz de evitar o desastre", afirma Caldeira. "A questão é se a humanidade tem a sabedoria para evitá-lo."

Retirado em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u7581.shtml
Postado por: Andréia

Energia e o Meio ambiente

Energia, ar e água são ingredientes essenciais à vida humana. Nas sociedades primitivas seu custo era praticamente zero. A energia era obtida da lenha das florestas, para aquecimento e atividades domésticas, como cozinhar. Aos poucos, porém, o consumo de energia foi crescendo tanto que outras fontes se tornaram necessárias. Durante a Idade Média, as energias de cursos dágua e dos ventos foram utilizadas, mas em quantidades insuficientes para suprir as necessidades de populações crescentes, sobretudo nas cidades. Após a Revolução Industrial, foi preciso usar mais carvão, petróleo e gás, que têm um custo elevado para a produção e transporte até os centros consumidores.
O consumo de água também aumentou consideravelmente, tanto que se tornou necessário cobrar pelo seu uso para pagar os custos para sua purificação e transporte até os usuários. Se, e quando, uma colônia terrestre for instalada na Lua (que não tem atmosfera), será preciso pagar - e muito - pelo ar consumido pelos seres humanos que terá de ser transportado até lá.
No ano de 2003, quando a população mundial era de 6,27 bilhões de habitantes, o consumo médio total de energia era de 1,69 tonelada equivalentes de petróleo (tep) per capita. Uma tonelada de petróleo equivale a 10 milhões de quilocalorias (kcal), e o consumo diário médio de energia é de 46.300 kcal por pessoa. Como comparação, vale a pena mencionar que 2.000 kcal é a energia que obtemos dos alimentos e que permite que nos mantenhamos vivos e funcionando plenamente. O restante é usado em transporte, gastos residenciais e industriais e perdas nos processos de transformação energética.
Os padrões atuais de produção e consumo de energia são baseados nas fontes fósseis, o que gera emissões de poluentes locais, gases de efeito estufa e põem em risco o suprimento de longo prazo no planeta. É preciso mudar esses padrões estimulando as energias renováveis, e, nesse sentido, o Brasil apresenta uma condição bastante favorável em relação ao resto do mundo.


Retirado em : http://www.scielo.br/pdf/ea/v21n59/a02v2159.pdf
Postado por: Bruna