terça-feira, 3 de agosto de 2010

Novas hidrelétricas na Amazônia

Ontem saiu finalmente (notícia publicada em 5 de maio) a nova versão do Plano Decenal de Expansão Energética, PDE 2010-2019. O plano anual, que projeta o crescimento da oferta energética para os próximos dez anos, era prometido desde o começo do ano. A última versão, lançada no final de 2008, foi criticada pela grande participação de termelétricas fósseis na geração elétrica.
A expectativa, criada pelo governo, era de que a grande quantidade de térmicas fósseis prevista para entrar em operação fosse eliminada desta atualização do plano, o que não aconteceu. Desta vez a expansão de termelétricas movidas a combustíveis fósseis foi reduzida, mas ainda mostra um crescimento incompatível um país com tanto potencial de energia renovável. A capacidade instalada, que era projetada em 14 mil MW no PDE de 2008, foi reavaliada para 9 mil MW, sendo que todas estas usinas seriam construídas até 2014.
O crescimento das térmicas a carvão, portanto, chega a 80% e de óleo combustível a 170%. Como resultado disto, as emissões do setor elétrico dobram no período, de 26 para 51 milhões de toneladas equivalentes de CO2 até o fim da década, um movimento na contramão dos esforços globais de redução de gases de efeito estufa.
Após este período, a grande parte do aumento da geração virá da geração hidrelétrica – teremos o equivalente a três Belo Monte em capacidade instalada de novas usinas de grande porte. A maioria delas na Amazônia – colocando a região sob risco de novos impactos ambientais e de aumentar a pressão do desmatamento.
As outras renováveis receberam um tratamento mais favorável em relação ao plano de 2008, mas ainda modesto em relação ao potencial nacional de exploração destas fontes. O número de parques eólicos deve crescer nos próximos dez anos, considerando a construção de projetos do Proinfa e do primeiro leilão de eólicas realizado no ano passado. Mas o número final de 6 mil MW assume que após o leilão de renováveis marcado para este ano, teríamos apenas mais uma licitação deste tipo durante todo o resto da década, o que é muito pouco diante do potencial eólico brasileiro e da demanda do setor de realização de um leilão por ano.
As usinas a biomassa passariam de 5,4 para 8,5 mil MW, uma expansão maior do que a apontada no plano anterior, mas novamente aquém do potencial brasileiro de geração de duas Itaipus apenas com a cogeração da cana-de-açúcar, até o fim da década. Sobre energia solar, absolutamente nenhuma menção é feita ao potencial de geração de painéis fotovoltaicos.
Na área nuclear, o plano continua considerando a construção da controversa usina de Angra 3, apesar de todos os questionamentos em relação à segurança da usina, dos custos subdimensionados e da falta de solução para a estocagem de resíduos radioativos, entre inúmeros outros problemas.
Por fim, o crescimento da oferta de energia ainda é projetado em 56% nos próximos 10 anos, valores exagerados para o aumento da carga neste período, especialmente se considerarmos que o ano de 2009 registrou uma redução de consumo como reflexo da crise econômica. O grande potencial de ações de eficiência energética foi novamente negligenciado. A participação destas ações é restrita a apenas 3,2% de redução do consumo destes próximos dez anos. De acordo com o cenário
Revolução Energética, do Greenpeace, é possível conseguir mais de 10% de redução de demanda até 2020, considerando a aplicação de medidas em todos os setores de consumo.

Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Mais-hidreletricas-na-Amazonia/
Postado por: Mariana

Tragédia na costa chinesa

O desastre ambiental causado pelo vazamento de petróleo iniciado na última sexta-feira no porto de Dalian, nordeste da China, provocou mais do que danos à natureza. Na manhã de ontem o governo chinês anunciou a morte do bombeiro Zhang Liang, 25 anos. O bombeiro, que foi arremessado ao mar por uma forte onde ao tentar colocar bóias de contenção no mar, não resistiu à toxidade do petróleo cru.A equipe do Greenpeace na China, que esteve presente no local, relatou que os trabalhadores encarregados de recolher o óleo do mar usam pouco mais que luvas de borracha para se proteger, o que torna o trabalho extremamente perigoso. Segundo Zhong Yu, que percorreu de barco a área afetada, a maioria das baías nos arredores do vazamento estão tomadas pelo petróleo cru. “E ele é tão pegajoso quanto asfalto quente”, disse. O vazamento já atingiu pelo menos 430 quilômetros quadrados desde sexta-feira, quando um duto explodiu e provocou o derramamento de pelo menos 1500 toneladas de óleo cru no mar, o equivalente a 400 mil galões de petróleo. A batalha do governo chinês é evitar que o óleo contamine as águas internacionais.

Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Unidos-pela-desgraca/
Postado por: Mariana

Energias renováveis contra o aquecimento global


A Nasa (agência espacial americana) anunciou no início de 2010 que a década que terminou em 31 de dezembro de 2009 foi a mais quente já registrada desde 1880, ano em que a moderna medição de temperaturas ao redor do planeta começou. A mesma década também teve os dois anos de maior intensidade de calor em mais de um século – 2005, o mais quente do período, e 2009, o segundo mais quente.
O aumento da temperatura do planeta é consequência de ações humanas, especialmente tomadas a partir da Revolução Industrial, no século 18. Ela promoveu um salto tecnológico e o crescimento das civilizações como nunca vistos antes. Impulsionou também uma taxa inédita e perigosa de poluição e degradação da natureza.
A indústria floresceu baseada na queima de carvão e petróleo, duas fontes de energia encontradas na natureza cujo calor movimenta usinas, indústrias e economias gigantescas, como a dos Estados Unidos, da Europa e da China. Acontece que, com a queima, o carvão e o petróleo liberam no ar volumes gigantescos do gás dióxido de carbono (CO2). A exploração sem controle de outra matéria-prima, a florestal, também jogou outros milhões de toneladas desse gás no ar.
O CO2, também chamado de gás carbônico, é parte da atmosfera terrestre e forma uma capa ao redor da Terra, que faz a temperatura do planeta adequada para a manutenção da vida – inclusive a humana. Esse processo se chama efeito estufa. O problema, portanto, não é o mecanismo natural em si, mas a interferência feita pelo homem. O volume extra de CO2 e de outros gases, como o metano, que foram para a atmosfera a partir da Revolução Industrial engrossou a capa, de forma que a temperatura passou a subir perigosamente.
Um planeta mais quente desequilibra o ultra-sensível sistema climático da Terra. Como consequência, o gelo dos polos derrete e eleva o nível médio dos oceanos, ameaçando populações costeiras; tempestades se tornam mais frequentes, intensas e perigosas, assim como ondas de calor; biomas como a Amazônia são ameaçados pela alteração no sistema de chuvas. Populações já vulneráveis ficam com a corda no pescoço, sofrendo impactos na produção de alimentos, fornecimento de água, moradia.
Aquecimento global: o desafio da geração
zoom
Parque eólico no Nordeste. © Greenpeace / Flávio Cannalonga
Podemos voltar atrás? Em determinado grau, não, pelo menos em curto prazo. Mas o custo do desenvolvimento feito de qualquer jeito é alto demais para as próximas gerações, e uma resposta deve ser dada imediatamente. Precisamos deixar essa capa que cobre a Terra mais fina – ou pelo menos mantê-la do jeito que ela está hoje.
Quanto mais tempo o homem demora para implantar as soluções, pior será o futuro – mais caro e muito mais difícil será lidar com as mudanças climáticas. É por isso que o Greenpeace trabalha para pressionar governos e empresas a deixarem o carvão e o petróleo de lado e investirem em fontes renováveis de energia, conservarem suas florestas, repensarem práticas agropecuárias e conservarem seus oceanos.
O sol, o vento, a água e a biomassa são as fontes mais promissoras de energia hoje. O mundo não precisa investir em mais usinas a carvão e deve investir em alternativas para os carros, aviões e navios que bebem petróleo a torto e a direito. O mundo precisa de uma matriz elétrica diversificada e reformar as usinas existentes, para que deixem de jogar dinheiro e energia fora e aproveitem tudo o que é produzido ali, sem desperdício.
As cidades precisam de sistemas de transporte inteligentes. Os governos precisam deixar as florestas em pé, para permitir que as árvores ajudem a regular o clima, e conservar os oceanos, outra importante “esponja” de dióxido de carbono.
O mundo precisa, acima de tudo, que as pessoas queiram fazer a mudança, do cidadão comum aos engravatados que dirigem países e empresas. O momento da ação é agora. Os próximos bilhões de habitantes da Terra agradecerão.
Soluções:
- Investir em uma política energética inteligente: segundo
estudo encomendado pelo Greenpeace, as novas fontes renováveis podem suprir metade da demanda mundial até 2050
- Incentivar o setor de novas energias: a indústria de geração e de eficiência energética tem
capacidade de abrir 8 milhões de empregos no mundo até 2030
- Zerar o desmatamento no mundo: no mundo, a derrubada e a queimada das florestas tropicais jogam 5,1 bilhões de toneladas de carbono por ano na atmosfera; só no Brasil, o volume é de 1,26 bilhão de toneladas por ano
- Conservar os oceanos: os mares absorvem CO2 da atmosfera, mas eles têm um limite. Destinar 40% dos oceanos para unidades de conservação ajuda a mantê-los saudáveis, de forma a cumprirem essa tarefa.



Autor da foto: Flávio Cannalonga

Postado por: Mariana

Curiosidades sobre energia

- Zero energia é a fonte de energia libertada quando os átomos param de se mover a -273°C;
- Se gritar durante 8 anos, 7 meses e 6 dias produzirá energia para aquecer uma xícara de café;
- Em 10 minutos, um furacão produz mais energia que todas as armas nucleares do mundo combinadas;
- Os raios elétricos são 27.75°C mais quentes que o sol;
- Os EUA consomem 25% da energia mundial;
- Em um tanque cheio de um Jumbo há combustível suficiente para guiar um automóvel normal durante quatro voltas ao mundo;
- A mais alta temperatura produzida foi de 511.000.000°C, nos EUA;
- O mais poderoso laser gera um pulso de energia igual a 100.000.000.000.000°C watts de potência durante 0,000000001 segundos para um alvodo tamanho de um grão de areia.
Fonte:
www.energiasalternativas.com/curiosidades-energia
Postado por: Mariana