quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Combustível fóssil

Combustível fóssil ou mais corretamente combustível mineral é uma substância formada de compostos de carbono, usados para alimentar a combustão. Reconhecidamente, são usados como combustível, o carvão mineral, o petróleo e o gás natural.

Origem dos combustiveis fosseis

A teoria biogênica do petróleo sugere que as substâncias oleaginosas extraídas da crosta terrestre como o petróleo teriam origem comum ao carvão mineral, já que o mesmo também é encontrado soterrado, tendo sido gerados em função do efeito de fossilização de animais e plantas, provocado pela ação de pressão e temperatura muito altas geradas há milhões de anos no processo de soterramento de material orgânico que por algum motivo não entrou na cadeia alimentar antes ou quando foi enterrado.
A teoria abiogênica (origem inorgânica do petróleo), por outro lado, defende que os hidrocarbonetos foram formados juntos com a Terra, no processo de acreção planetária.

Os combustíveis fósseis são recursos naturais não renováveis

Os combustíveis fósseis são formados pela decomposição de matéria orgânica através de um processo que leva milhares e milhares de anos e, por este motivo, não são renováveis ao longo da escala de tempo humana, ainda que ao longo de uma escala de tempo geológica esses combustíveis continuem a ser formados pela natureza. O carvão mineral, os derivados do petróleo (tais como a gasolina, óleo diesel, óleo combustível, o GLP - ou gás de cozinha -, entre outros) e ainda, o gás natural, são os combustíveis fósseis mais utilizados e mais conhecidos.
O carvão mineral pôs em movimento, durante décadas, veículos como as locomotivas, chamadas no Brasil de Marias-fumaça e navios à vapor. Atualmente, o carvão mineral garante o funcionamento de usinas termoelétricas.
Um grande problema desses combustíveis é o facto de serem finitos, o que faz com que a dependência energética a partir deles seja um problema quando esses recursos acabarem, embora de acordo com as teorias abiogênicas os combustíveis minerais são muito abundantes. Por isso o interesse em energias renováveis é crescente. Outro problema é que com a queima de combustíveis minerais são produzidos gases que produzem o efeito estufa como o gás carbônico e metais pesados, como por exemplo o mercúrio.

Importância econômica dos combustíveis fósseis

O preço dos combustíveis fósseis sobe em proporcionalidade inversa à sua quantidade disponível para venda, ou seja, quanto mais escasseiam, mais elevado é o seu preço.
A economia mundial está tão dependente deles que o simples aumento do preço do barril de petróleo (que é o mais explorado para fins energéticos) influencia fortemente as bolsas de valores.
O aumento do controle e do uso, por parte do Homem, da energia contida nesses combustíveis fósseis foi determinante para as transformações econômicas, sociais, tecnológicas - e infelizmente ambientais - que vêm ocorrendo desde a Revolução Industrial.
Pelo aumento do preço dos combustíveis fósseis e da poluição ambiental, a Europa está a procurar soluções energéticas alternativas (como os biocombustíveis, a electricidade e o hidrogénio). Até 2020 a União Europeia prevê aumentar para 10% a percentagem de energias renováveis utilizadas nos transportes rodoviários.

Consequências ambientais do uso dos combustíveis fósseis

Dentre as conseqüências ambientais do processo de industrialização e do inerente e progressivo consumo de combustíveis fósseis - leia-se energia -, destaca-se o aumento da contaminação do ar por gases e material particulado, provenientes justamente da queima destes combustíveis, gerando uma série de impactos locais sobre a saúde humana. Outros gases causam impactos em regiões diferentes dos pontos a partir dos quais são emitidos, como é o caso da chuva ácida.
A mudança global do clima é um outro problema ambiental, porém bastante mais complexo e que traz consequências possivelmente catastróficas. Este problema vem sendo causado pela intensificação do efeito estufa que, por sua vez, está relacionada ao aumento da concentração, na atmosfera da Terra, de gases que possuem caractericas específicas. Estes gases permitem a entrada da luz solar, mas impedem que parte do calor no qual a luz se transforma volte para o espaço. Este processo de aprisionamento do calor é análogo ao que ocorre em uma estufa - daí o nome atribuído a esse fenômeno e também aos gases que possuem essa propriedade de aprisionamento parcial de calor, chamados de gases do efeito estufa (GEE), dentre os quais destaca-se o dióxido de carbono (CO2).
É importante notar que o dióxido de carbono, bem como os outros GEE em geral (vapor d'água, por exemplo), não causam, em absoluto, nenhum dano à saúde e não "sujam" o meio ambiente. Seria incorreto classificar estes gases como poluentes -, já que os mesmos não possuem as duas características básicas de um poluente segundo a definição tradicional do termo (ideia de dano à saúde e/ou sujeira). Todavia, novas definições de poluição, mais técnicas e abrangentes, fizeram-se necessárias e surgiram ao longo da última década, fazendo com que os gases de efeito estufa fossem classificados como poluentes.


Retirado em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Combust%C3%ADvel_f%C3%B3ssil

Postado por: Andréia

Potenciais de uso racional de energia no Brasil


Os estudos preliminares sobre o potencial resultante do incremento da eficiência energética no Brasil, efetuados no âmbito do Plano Nacional de Energia, que projeta cenários energéticos para o ano 2030, indicam valores expressivos, como mostram as figuras 3 e 4 a seguir (MME, 2006b). Para a energia elétrica, os valores apresentados se baseiam em estimativas da Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia (Abesco) e Eletrobrás (Projeto Reluz) e indicam um potencial total de 29,7 TWh (terawatts-hora), cerca de 8,3% do consumo observado em 2005. Considerando um valor de R$ 130,00 por MWh, a implementação dessas medidas de eficiência nos sistemas elétricos poderia economizar R$ 3,86 bilhões anuais. Para setores utilizando derivados de petróleo e gás natural, o incremento da racionalidade energética alcançaria 5,5 milhões de TEP (toneladas equivalentes de petróleo), ou seja, 6,7% do consumo nacional de petróleo. Assumindo um preço médio para esses combustíveis de US$ 65,00 o barril e uma taxa de câmbio de 2,00 reais por dólar, a eliminação desse desperdício permitiria uma economia anual de 5,2 bilhões de reais.



Tais potenciais são estimativas preliminares, e espera-se que à medida que se promova seu desenvolvimento os valores sejam conhecidos de maneira mais consistente, bem como possam ser discriminados outros potenciais. Nesse sentido, a avaliação quantitativa e, quando possível, auditável dos resultados dos programas e das ações de eficiência energética é da maior relevância e tem despertado grande interesse. A principal dificuldade reside em estimar bem o consumo energético que deixa de ocorrer e a potência economizada, devendo se mencionar os esforços em curso para consolidar uma metodologia internacional de monitoramento e avaliação dos resultados dos programas de eficiência energética, por meio do Protocolo Internacional de Medição e Verificação de Performance (PIMVP). Uma detalhada e abrangente revisão dessas metodologias foi proposta pelo Programa de Avaliação das Medidas para a Eficiência Energética e Gerência da Demanda, desenvolvido pela Agência Internacional de Energia e com estudos de casos na Bélgica, no Canadá, na Coréia do Sul, na Dinamarca, na França, na Holanda, na Itália e na Suécia. Como regra geral, esse manual recomenda a comparação das curvas de carga antes e após a adoção das medidas de fomento da eficiência, cotejando assim as curvas de base (baselines) com as curvas de carga modificadas (IEA/DSM, 2006), como apresentado anteriormente para a avaliação do impacto do Selo Procel sobre o consumo de refrigeradores e congeladores.
Além da evolução tecnológica como fonte de alternativas para a redução dos desperdícios de energia, reitere-se a relevância de difundir hábitos e usos mais responsáveis. Medidas simples de conscientização podem levar a economias substantivas de combustíveis e energia elétrica, apenas pela redução das perdas e sem afetar os serviços providos pela energia.


Retirado em:
http://www.abee.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=5&Itemid=2

Postado por: Andréia

Exploração de urânio no Níger, na África, expõe população a níveis inaceitáveis de radiação

A República do Níger, na África Saheliana, tem um dos menores índices de desenvolvimento humano do mundo. Seu território é praticamente todo formado por deserto e o país vive há anos num ciclo de pobreza extrema, violência e instabilidade política. Sua maior riqueza são suas jazidas de urânio. Mas agora, graças a uma investigação do Greenpeace, sabe-se que elas estão também virando uma grande maldição. O recém-lançado estudo Abandonados ao Pó – Legado Nuclear nos Desertos de Níger, revela, além da devastação provocada por anos de devastação da exploração, que há contaminação de humanos por radiação muito além dos níveis mundialmente aceitáveis. O estudo é fruto de uma parceria do Greenpeace com o laboratório francês independente CRIIRAD e a ONG nigerina ROTAB. Desde o fim de 2009, pesquisadores medem níveis de radiação na água, ar e no solo nas cidades próximas às minas de urânio do país. Os dados reunidos em relatório mostram que a população de Níger respira, bebe e consome radiação muito acima do recomendado.
Em 1971, presença do urânio em Níger chamou a atenção da AREVA, multinacional de origem francesa entre as maiores do mundo em produção de energia nuclear. Na época, a extração foi anunciada como um esforço de resgate de um país em miséria extrema. A verdade é que o começo desta história coincide com a insatisfação generalizada contra a extração de urânio e outras atividades devastadoras ligadas à geração de energia nuclear em solo europeu. Na África, a mineração podia ser realizada sem burocracias e a baixíssimo custo. Para o solo, o ar, a água e a população de Níger, os custos, no entanto, foram altíssimos.Nas cidades de Arlit e Akokan, construídas em função das duas grandes minas da AREVA, o cenário é devastador. Imensas nuvens de poeira causadas pelo detonar das minas chegam a tampar a visão. Testes realizados nesta região concluíram que quatro em cada cinco amostras de água apresentaram níveis de contaminação acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O mesmo valeu para os testes sobre a qualidade do ar. Uma hora de exposição à radiação do local, diz o estudo, extrapola a dose de contato recomendável para um ano inteiro. O resultado são índices de doenças pulmonares duas vezes maiores do que no resto do país, além de maior incidência de defeitos congênitos e casos de câncer, principalmente leucemia. “O urânio tem tendência a se acumular nos ossos, justamente onde fica a medula. É lá que se desenvolve a leucemia. É muito difícil para o corpo eliminar este tipo de metal”, explica André Amaral, coordenador da Campanha de Energia Nuclear do Greenpeace. No Brasil, caso semelhante também foi alvo de denúncia, primeiro do Greenpeace, depois do próprio Ministério Público. Após oito meses de investigação, foi encontrado urânio acima dos limites estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) e a OMS na água de dois poços da cidade de Caetité, interior da Bahia. Os poços estão dentro da área de influência da estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB), que faz a mineração e beneficiamento do urânio na região. “As minas de urânio pelo mundo contabilizam problemas”, diz André Amaral. “A extração é perigosa, expõe a população a níveis inaceitáveis de radiação e é resultado de empresas e agências reguladoras que agem de forma irresponsável e leviana”, conclui. Em Níger, a AREVA se declara amiga do meio ambiente, apesar dos chocantes níveis de contaminação comprovados. O Greenpeace cobra um estudo independente conduzido pela empresa e que, após comprovado o problema, empreenda-se um trabalho de limpeza e descontaminação do que ainda puder ser salvo.

Fonte: http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Noticias/Um-rastro-de-contaminacao-/
Postado por: Mariana