quarta-feira, 28 de julho de 2010

Energias Renováveis

O consumo crescente e o impacto ambiental e social causado pelas fontes de energia tradicionais levam governos e sociedades, no mundo, a pensar em novas alternativas para a criação de novas energias, a fim de substituir o petróleo, que tem a sua exploração destinada a terminar num futuro relativamente próximo.
Diante deste cenário, a procura de fontes alternativas de energia já é uma realidade amplamente presente no cenário mundial, com iniciativas governamentais e principalmente, da iniciativa privada, em especial das indústrias. As fontes alternativas ao petróleo causam impactos substancialmente menores e evitam a emissão de toneladas de gás carbónico na atmosfera. O debate sobre os impactos causados pela dependência de combustíveis fósseis contribui para o interesse mundial por soluções sustentáveis por meio da geração de energia oriunda de fontes limpas e renováveis. A primeira crise energética, no inicio da década de 70, provocada pelo impacte petrolífero que abanou seriamente as estruturas energéticas então vigentes nos países economicamente desenvolvidos, não apresentando a mesma relevância para todos; para uns tratava-se apenas de uma crise conjuntural superável com o tempo e que não tinha nada a ver com os hábitos de gastos energéticos das sociedades ditas de consumo e do bem-estar, enquanto para outros era o duvidar de toda uma dependência de consumo de energia, era o pôr em causa de um determinado tipo de crescimento económico (Moita, 1987). O certo é que, desde ai, a energia passou a ser vista como um bem escasso ou, pelo menos, não inesgotável e que temos assistido, principalmente nos países europeus de economia mais avançada, a um profundo trabalho de investigação em torno das potencialidades da energia renovável (Moita, 1987; Bobin, 1999). Hoje há uma forte consciência de que a energia, na sua produção e no seu uso, tem um impacto ambiental que urge minimizar. Relativamente às fontes de energia fósseis, assiste-se hoje à redescoberta do gás natural e à gestão mais rigorosa do petróleo e do carvão. O uso de energias renováveis é visto agora, como uma prioridade, sendo hoje dedicados largos fundos e meios de investigação ao desenvolvimento da sua utilização. A nível europeu, as energias renováveis são ainda uma componente de pequena dimensão no total da energia consumida, mas existe o objectivo de, até 2020, constituírem no mínimo 18% das origens de energia necessárias (Braga, 1999). Os recursos renováveis estão longe de estar completamente explorados: o potencial da energia eólica e solar é grande, e já estão em curso os programas de aproveitamento energético dos resíduos urbanos. Fundamentalmente, trata-se de saber que tipo de energia, sob que forma de captação e com que custos a Natureza nos pode fornecer, para as nossas necessidades diárias e se estamos preparados ou não para enfrentar o desafio de a aproveitar. Neste contexto, é importante referir que Portugal tem condições para atingir e ultrapassar o objectivo de 18% de origens renováveis de energia, considerando o seu potencial hídrico e os produtos florestais disponíveis (Braga, 1999). Não devemos desprezar o esforço generalizado de gastar menos e melhor. No entanto, os inegáveis avanços verificados não conseguem esconder que os prazos de esgotamento das principais fontes de energia se situam em horizontes já mensurável e que o impacto ambiental do seu consumo pode determinar um horizonte temporal ainda mais reduzido. A nossa geração está perante um desafio difícil; tem a sua existência e relativo bem-estar garantido, mas sabe perfeitamente que está a gastar recursos de um modo excessivo e com risco para as gerações futuras (Carapeto, 1998). Nos últimos dez anos as questões ambientais instalaram-se no palco das preocupações públicas, sociais e politicas nacionais. Surge assim a imperiosa necessidade de encarar o Homem, o seu Ambiente e as suas Intervenções sobre ele, numa perspectiva integrada e de equilíbrio (Schmidt, 1999). Apontando assim, directamente no sentido de uma educação para a Cidadania. Trata-se de estabelecer uma organização entre sociedade e Ambiente que seja realmente sustentável e que passe por conceitos e práticas ajustadas à realidade, obtidos através de um processo de formação de cidadãos interessados, atentos e realmente preocupados com a resolução de problemas da sociedade onde estão inseridos.


Retirado em: http://renovaveis.webnode.com/contacte-nos/
Postado por: Sandra Ritter

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