sexta-feira, 30 de julho de 2010

Petróleo e gás natural

No setor de petróleo, o controle continua basicamente nas mãos da Petrobras (apesar da presença de empresas multinacionais no setor), e os esforços se concentraram na busca da auto-suficiência na produção, explorando os recursos nas profundidades da plataforma continental brasileira


As reservas provadas de petróleo no Brasil de 11.243 milhões de barris, equivalentes a cerca de vinte anos da atual produção, asseguram uma situação
confortável para o país no curto e no médio prazos. Para os países da OCDE, as
reservas equivalem a cerca de dez anos da produção, enquanto a média mundial é de quarenta anos.
As reservas provadas de gás natural, de 326,1 bilhões de metros cúbicos (m3),
são 33% superiores às de 2003 e equivalem a dezenove anos da atual produção.
Para os países da OCDE, as reservas equivalem a cerca quatorze anos da
produção, enquanto a média mundial é de sessenta anos.
O país atingiu a auto-suficiência na produção de petróleo em 2006. Entre janeiro e setembro desse ano, a Petrobras produziu 1,763 milhão de barris por dia, volume 5% superior ao do ano anterior. A meta de produção é de 1,88 milhão de barris/dia. Contudo, as vendas internas de combustíveis só cresceram 2%. o país exporta 450 mil barris/dia de petróleo. Segundo a Agência Internacional de
Energia, o consumo mundial de petróleo deve crescer 1,1% em 2006.
A produção de gás natural foi de 46,5 milhões metros cúbicos por dia (Mm3/ d) em 2004, montante 7,5% superior ao de 2003. As importações da Bolívia somaram 22,2 Mm3/d, montante 60% superior ao de 2003. Em 2004, o principal uso do gás natural continuou sendo no setor industrial, com 20,7 Mm3/d e crescimento substancial de 13,7%. O crescimento do uso na co-geração de energia elétrica foi também significativo, já representando um terço do uso na geração. O uso de gás natural no transporte veicular tem também crescido muito.
O gás natural contribuiu com 9,4% da matriz energética brasileira de 2005, contra 3,3% em 1995. Em 2003, o governo adotou uma política de incentivo ao consumo de gás natural, visando ocupar a capacidade do gasoduto Bolívia-Brasil e escoar o gás da Bacia de Campos. O energético era bastante atrativo por sua eficiência, menores emissões e preços atrativos. Contudo, em 2006 a Bolívia decidiu nacionalizar (isto é, estatizar) o setor de gás, revendo sua política de preços e causando instabilidades no mercado brasileiro. O preço atual do gás natural corresponde a 56% do preço do óleo combustível, mas essa relação deve passar para 80% (um aumento de 42%), segundo a Empresa de Pesquisa Energética. A Petrobras busca uma saída na Bacia de santos, onde deverá investir us$18 bilhões em dez anos.
Mais recentemente, a estatal passou também a valorizar o gás natural, antes um subproduto da exploração do petróleo que era lançado para a atmosfera em
queimadores.

Texto de: José Goldemberg; Oswaldo Lucon.
Postado por: Juliane

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