sábado, 31 de julho de 2010

O consumo de energia no Brasil

O consumo de energia no Brasil --que inclui tanto energia elétrica quanto combustíveis em geral-- apresentou crescimento de 5,6% em 2008, sendo pouco influenciado pela crise financeira global, de acordo com dados divulgados hoje pela EPE (Empresa de Pesquisa Energética).

Segundo números preliminares do BEN (Balanço Energético Nacional) do ano passado, o país consumiu 252 milhões de tep (toneladas equivalentes de petróleo).

Se considerado apenas o uso final --que exclui a energia gasta da produção e transformação de energia-- o consumo no país foi de 211,9 milhões de tep, com alta de 5,2% no ano. O volume ficou muito próximo do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2008, que foi de 5,1%.

Entre todos os principais tipos de energia, apenas a hidráulica apresentou queda em 2008. Esse tipo de energia recuou 1,7%. Na outra ponta, o que mais cresceu foi o de gás natural, com avanço 16,9% sobre 2007, seguido por outras fontes renováveis (14,5%), nuclear (13,1%) e carvão mineral e derivados (9,5%). Já as maiores participações no crescimento do consumo de energia vieram principalmente do gás natural, do álcool e do petróleo.

"O decréscimo da energia hidráulica refletiu as condições hidrológicas observadas no início de 2008, que impuseram esquemas operativos orientados a manter níveis estratégicos de armazenamento nos reservatórios do país. A outra face dessa moeda foi o aumento da geração termelétrica (+37,9%), o que contribuiu para o forte incremento do consumo de gás natural", informou a EPE em comunicado.

Em relação aos combustíveis, que entram na conta a EPE, o maior crescimento foi o de álcool, cujo consumo avançou 17,7%.

Renováveis recuam

Apesar do bom desempenho do álcool, as fontes renováveis de energia perderam um pouco de espaço na matriz energética brasileira. Elas foram responsáveis por 45,3% da oferta interna de energia do país, ante 45,9% no ano retrasado.

Essa queda foi causada essencialmente pelo recuo de 1,1 ponto percentual da energia hidráulica na matriz, de 14,9% do total em 2007 para 13,8% em 2008. O uso de lenha também recuou de 12% para 11,6%, enquanto que álcool (de 15,9% para 16,4%) e outras fontes renováveis (de 3,2% para 3,5%) apresentaram avanços.

No lado das fontes não-renováveis, o petróleo foi o único que perdeu espaço, passando de 37,4% em 2007 para 36,7% no ano passado. Os demais --gás natural (de 9,3% para 10,3%), carvão mineral e derivados (de 6% para 6,2%) e nuclear (de 1,4% para 1,5%)-- cresceram na matriz em 2008.

Se separado apenas a produção de energia elétrica, a energia hidráulica segue soberana na matriz, com participação de 73,1%, seguida por importação (8,6%), gás natural (6%), biomassa (4,8%), derivados de petróleo (3%), nuclear (2,8%), carvão (1,6%) e eólica (0,1%).

Retirado do Site: www.folha.com.br

Postado por:Ederson Borsoi

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